OS DISCÍPULOS DE JESUS

OS DISCÍPULOS DE JESUS
"Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem." Jesus"

terça-feira, 25 de setembro de 2012

VAMOS ESTUDAR?

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

QUESTÃO: 909:
O Homem poderia sempre vencer as suas más tendências?
RESPOSTA:
Sim, e às vezes com pouco esforço,o que lhe falta é vontade.
Ah, como são poucos os que se esforçam!
QUESTÃO: 597:
Pois se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?
RESPOSTA:
Sim, e que sobrevive ao corpo
QUESTÃO: 80:
A criação dos Espíritos é permanente ou verificou-se apenas na origem dos tempos?
RESPOSTA:
É permanente, o que quer dizer que Deus jamais cessou de criar.

QUESTÃO: 121:
 Por que alguns Espíritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal?
RESPOSTA:
 Não tem eles o livrearbítrio? Deus não criou Espíritos maus; criou-os simples e ignorantes; ou seja, tão aptos para o bem quanto para o mal; os que são maus, assim se tornaram por sua vontade.

OS GRANDES VULTOS DO ESPIRITISMO

Deolindo Amorim (Baixa Grande, Bahia, 23 de janeiro de 1906 — Rio de Janeiro, 24 de abril de 1984) foi um jornalista, escritor e conferencista espírita brasileiro.

Colaborou no Jornal do Commercio e em praticamente toda a imprensa espírita do país.

Deolindo Amorim nasceu no seio de uma família pobre e católica, vindo a tornar-se presbiteriano fervoroso. Rompeu com a sua igreja e permaneceu muitos anos sem definição filosófica ou religiosa.

Mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do país. Graduou-se em Sociologia, pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, tendo feito, ainda, outros cursos de nível superior. Tornou-se jornalista e, posteriormente, funcionário público, tendo galgado elevada posição funcional no Ministério da Fazenda.

Um de seus três filhos é o jornalista Paulo Henrique Amorim.

O ativista espírita

Por volta de 1935, já no Rio de Janeiro, passou a frequentar o Centro Espírita Jorge Niemeyer, onde entrou em contato com o acervo da Doutrina Espírita, mostrando-se profundo admirador das obras de Léon Denis.

Já em 1939 idealizou e promoveu o I Congresso de Jornalistas e Escritores Espíritas, realizado na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro. A importância da iniciativa pode ser avaliada considerando-se que, no plano externo, iniciava-se a Segunda Guerra Mundial, e que, no plano interno, o Espiritismo era perseguido por setores da Igreja Católica e pela polícia do Estado Novo.

Também esteve ao lado de Leopoldo Machado na promoção do I Congresso de Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil (Rio de Janeiro, julho de 1948) e na criação do Conselho Consultivo de Mocidades Espíritas.

Privou da amizade de grandes vultos do Espiritismo no Brasil e no exterior, como, por exemplo, Carlos Imbassahy, Leopoldo Machado, Herculano Pires, Leôncio Correia e Humberto Mariotti.

Um dos mais ardorosos defensores das obras codificadas por Allan Kardec e profundo admirador de Léon Denis, foi presidente do Instituto de Cultura Espírita do Brasil e presidente de honra da Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas.

Levou o Espiritismo ao meio universitário, proferindo bela conferência no Instituto Pinel da Universidade do Brasil, focalizando o tema: "O Suicídio à luz do Espiritismo".
Em defesa do conceito de Espiritismo

Um dos problemas mais emergentes relativos ao bom entendimento da Doutrina Espírita, em meados do século XX, foi a constante tentativa de confundi-lo quer seja com o Candomblé, quer com a Umbanda, quer com as diversas doutrinas espiritualistas. As confusões eram muito grandes, principalmente com os cultos afro-brasileiros. A própria Federação Espírita Brasileira (FEB) pretendeu chamar de "Espiritismo" todas as práticas mediúnicas ou assemelhadas e de "Doutrina Espírita", os conceitos decorrentes da obra codificada por Allan Kardec.

Para dirimir dúvidas, lançando luz sobre o assunto, em 1947 Deolindo Amorim publicou "Africanismo e Espiritismo", obra onde deixa clara a inexistência de ligações filosóficas, práticas ou doutrinárias entre o Espiritismo e as correntes espiritualistas apoiadas na cultura africana, trazida pelo escravos e que se converteram em vários cultos de gosto popular.

Posteriormente, determinado a explanar didaticamente as bases da doutrina de Allan Kardec, escreveu "O Espiritismo e os Problemas Humanos" e o "O Espiritismo à Luz da Crítica", este último em resposta a um padre que escrevera uma obra criticando a Doutrina. Segui-se-lhes "Espiritismo e Criminologia", oriundo de uma conferência no Instituto de Criminologia da Universidade do Rio de Janeiro. Por fim, em 1958, lançou a obra "O Espiritismo e as Doutrina Espiritualistas", onde sem combater nenhuma corrente ou filosofia espiritualista, como a Teosofia, a Rosacruz, e as diversas seitas de origem asiática e africana, embora ressaltando eventuais coincidências de pontos filosóficos, simplesmente define, separa e identifica o que é o Espiritismo, mostrando a sua independência.

Sobre a questão religiosa

Sobre a questão religiosa no Espiritismo, a sua posição foi a mesma de Kardec. Citando as palavras do fundador, concluía que, como qualquer filosofia espiritualista, o Espiritismo tinha consequências religiosas, mas de forma alguma se tornava uma religião constituída.
A fundação do ICEB

Tendo existido, no Rio de Janeiro, a Faculdade Brasileira de Estudos Psíquicos a que pertenceu e foi seu último presidente, quando a instituição se tornou insubsistente Deolindo Amorim promoveu a criação do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB), fundado em 7 de dezembro de 1957 e por ele dirigido até sua desencarnação.

A questão da unificação do movimento

Quanto à questão da unificação do movimento, Deolindo Amorim nunca se ligou à Federação Espírita Brasileira, tendo mantido laços com a Liga Espírita do Brasil, entidade criada em 1927 por Aurino Barbosa Souto e da qual Deolindo Amorim foi o último 2º vice-presidente.

Em 1949, com a assinatura do "Pacto Áureo", a Liga Espírita do Brasil, que não tinha representatividade nacional, deixou de existir, transformando-se numa entidade federativa estadual. Atualmente, após várias denominações, é denominada União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro (USEERJ).

Deolindo foi contra o acordo, à época, referindo: "quando a Liga [Espírita do Brasil] aceitou o Acordo de 5 de outubro [de 1949], acordo que se denominou depois, Pacto Áureo, tomei posição contrária (...) votei contra a resolução, porque não concordei com o modo pelo qual se firmara esse documento. E o fiz em voz alta, de pé, na Assembleia, com mais doze companheiros que pensavam da mesma forma."




1835-1909
Nasceu em 6 novembro de 1835 e desencarnou em 19 de outubro de 1909.

Cientista universalmente conhecido pelos importantes trabalhos realizados no campo jurídico, desde muito cedo dedicou-se às letras.
Aos doze anos de idade, escreveu a obra intitulada "Grandeza e Decadência de Roma", que teve grande repercussão nos meios intelectuais de então.
Sobre a obra de Mazolo, grande psicólogo italiano, escreveu um artigo, que foi publicado num dos jornais italianos. Mazolo leu esse artigo e convidou Lombroso para ir à sua casa, pois desejava conhecer o novo escritor. Diante do menino, que contava apenas quatorze anos, ficou surpreendido, dada a sua inteligência precoce.
 Lombroso converteu-se ao Espiritismo depois de haver realizado experiências sobre a mediunidade de Eusápia Paladino, que lhe fora apresentada pelo professor Chiaia, de Nápoles.
Em uma das sessões com esta médium, assistiu à materialização do Espírito de sua própria mãe.
 Daí por diante, Lombroso não teve dúvidas quanto à sobrevivência e a comunicabilidade dos Espíritos.
 Escreveu várias obras, tanto no campo da Medicina, quanto no da Filosofia.
 Dentre elas, destacam-se a notável monografia "Antropologia Criminal", "L'Uomo di Gênio", "L'Uomo Delinqüente", além de outras sobre psicologia e psiquiatria.
 Sobre o Espiritismo, não podemos deixar de citar a "Pesquisa Sobre os Fenômenos Hipnóticos e Espíritas", através da qual relata todas as experiências realizadas, não só com Eusápia Paladino, como também com outros médiuns de efeitos físicos, como Elizabeth D'Esperance e Politi.

Fonte: ABC do Espiritismo de Victor Ribas Carneiro





Lombroso foi um dos maiores médicos criminalistas do século passado. Nasceu em Verona no dia 18 de novembro. Graduou-se em Medicina em Pavia, em 1858, onde recebeu grande influência do anatomista Panizza. Um ano depois de graduar-se em medicina obtém o diploma de cirurgia em Gênova. Aprimou seus conhecimentos em Viena com o clínico Skoda, e em Pádua com o médico Paolo Marzolo, cuja formação positivista haveria de exercer uma profunda influência sobre ele.

Aos vinte anos, com "A Loucura de Cardano", Lombroso já delineia os assuntos que vão torná-lo famoso: o contraste entre o gênio do homem e as teorias sobre a natureza degenerativa. Como oficial-médico escreve, em 1859, "Memória sobre as Feridas e as Amputações por Armas de Fogo", ainda hoje considerado um dos trabalhos mais originais da literatura médica italiana. A seguir é atraído, na Calábria, pelos problemas antropológicos e étnicos da região.

Em 1862, em Pavia, inicia um curso de psiquiatria e no ano seguinte transforma-o em curso de "clínica das doenças mentais e de antropologia". Suas freqüentes visitas ao hospital de doentes mentais, onde assiste gratuitamente pacientes, permitem-lhe aprofundar o estudo das relações entre gênio e neurose. "As idéias dos maiores pensadores arrebentam de improviso, desenrolam-se involuntariamente como os atos compulsivos dos maníacos", escreveu. No Congresso Internacional de Antropologia realizado em Milão, várias críticas foram levantadas contra a posição de Lombroso, mas foi reconhecido o seu pioneirismo na terapia com os doentes mentais: abrandamento racional do tratamento (até então intolerante), introdução de trabalho manual, conversações com gente de fora, diversões coletivas, diários escritos e impressos pelos próprios pacientes. Era um método novo, hoje empregado pela psicoterapia.

Em 1864, Lombroso ficou internacionalmente conhecido graças ao seu comentadíssimo livro "Gênio e Loucura", traduzido em vários idiomas e que exerce influência até hoje. Em 1867, escreve "Ações dos Astros e dos Cometas sobre a Mente Humana" e no ano seguinte "Relações entre a Idade, as Posições da Lua e os Acessos das Alienações Mentais", trabalhos recebidos com muitas reservas pelos demais cientistas do ramo. Psiquiatra e diretor do manicômio de Pádua nos anos de 1871 a 1876, Lombroso coleta dados suficientes para suas teorias. Do exame de centenas de doentes mentais e criminosos, ele chega à conclusão de que o criminoso é formado por alguma tendência básica inerente ao seu destino, e que as "sementes de uma natureza criminal" podem ser muitas vezes identificadas na criança. Acreditava, ainda, que o meio social, aliado às influências astrais, preparasse para a ação criminosa indivíduos cuja natureza fosse anti-social. Em 1876, ele vence o concurso para a cátedra de Higiene e Medicina Legal da Universidade de Turim e neste mesmo ano publica "O Homem Delinqüente", obra muito discutida na época.

Em 1882, em seu opúsculo "Estudo sobre o Hipnotismo", ele ridicularizava as manifestações espíritas mas, convidado pelo prof. Morselli a estudar melhor o assunto, participou de sessões com a médium Eusápia Palladino, convencendo-se da veracidade incontestável dos fatos. As pesquisas que fez com essa médium encontram-se no livro da sua autoria "Hipnotismo e Mediunidade".

As obras de Cesar Lombroso trouxeram-lhe fama, acenderam polêmicas e influenciaram muitos legisladores e escritores. Quando vai a Moscou, é em 1897, como participante do Congresso Psiquiátrico, conhece Tolstói, que sabia muito bem das suas idéias acerca do gênio e da loucura. Escritores como Emile Zola e Anatole France também sofreram sua influência. Entre os médicos, merece destaque Kraepelin, um dos maiores classificadores de doenças mentais, que sob a influência de Lombroso escreve acerca da abolição das penas. Legisladores de muitos países, inspirados em suas obras, propõem reformas das leis penais.
Lombroso, sempre fiel ao método experimental, legou aos espíritas um excelente acervo de esclarecimentos sobre a mediunidade e o vasto campo fenomenológico. Homem profundamente honesto defendeu a veracidade do Espiritismo até a sua morte, noticiada com destaque em todo mundo, no dia 19 de outubro de 1909.

Era o final da missão, que no seu caso, iniciada pelo avesso, da posição de ridículo para a de defensor sincero, haveria de fortalecer o movimento espírita pela sua prória inclusão em meio a seus pesquisadores e defensores.

Deus tem muitos caminhos para os homens. Para Lombroso, o caminho foi refazer o próprio camimho, ou seja, sedimentar aquilo que ele, por desconhecimento da realidade agredira, ao formular conceitos equivocados sobre o Espiritismo, retratando-se intimamente e publicamente a posteriori através do imenso trabalho que realizou.

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Cesare Lombroso foi um professor universitário e criminologista italiano, nascido a 6 de novembro de 1835, em Verona. Tornou-se mundialmente famoso por seus estudos e teorias no campo da caracterologia, ou a relação entre características físicas e mentais.

Lombroso tentou relacionar certas características físicas, tais como o tamanho da mandíbula, à psicopatologia criminal, ou a tendência inata de indivíduos sociopatas e com comportamento criminal. Assim, a abordagem de Lombroso é descendente direta da frenologia, criada pelo físico alemão Franz Joseph Gall no começo do século IX e estreitamente relacionada a outros campos da caracterologia e fisiognomia (estudo das propriedades mentais a partir da fisionomia do indivíduo). Sua teoria foi cientificamente desacreditada, mas Lombroso tinha em mente chamar a atenção para a importância de estudos científicos da mente criminosa, um campo que se tornou conhecido como antropologia criminal.

Lombroso estudou na Universidade de Pádua, Viena, e Paris e foi posteriormente (1862-1876) professor de psiquiatria na Universidade de Pavia e medicina forense e higiene (1876), psiquiatria (1896) e antropologia criminal (1906) na Universidade de Turim. Foi também diretor de um asilo mental em Pesaro, Itália.

A principal idéia de Lombroso foi parcialmente inspirada pelos estudos genéticos e evolutivos no final do século IX, e propõe que certos criminosos têm evidências físicas de um "atavismo" (reaparição de caracteristicas que foram apresentadas somente em ascendentes distantes) de tipo hereditário, reminiscente de estágios mais primitivos da evolução humana. Estas anomalias, denominadas de estigmas por Lombroso, poderiam ser expressadas em termos de formas anormais ou dimensões do crânio e mandíbula, assimetrias na face, etc, mas também de outras partes do corpo. Posteriormente, estas associações foram consideradas altamente inconsistentes ou completamente inexistentes, e as teorias baseadas na causa ambiental da criminalidade se tornaram dominantes.

Apesar da natureza inconsistente destas teorias, Lombroso foi muito influente na Europa (e também no Brasil) entre criminologistas e juristas. Entre seus livros estão: L'Uomo Delinquente (1876; "O Homem Criminoso") e Le Crime, Causes et Remèdes (1899; O Crime, Suas Causas e Soluções).

Lombroso morreu em 19 de outubro de 1909, em Turim, Itália.

A biografia acima foi copiada do site www.epub.org.br/cm do Núcleo de Informática Biomédica da Unicamp






Carlos Juliano Torres Pastorino nasceu em 4 de novembro de 1910. Desde criança demonstrou inusitada inteligência e vocação para a vida eclesiástica. Em 1924 recebeu os diplomas de Geografia, Corografia, Cosmografia e de Bacharel em Português, do Colégio Dom Pedro II no Rio de Janeiro. Viajou para Roma a fim de cursar o seminário, onde, em 1929, foi diplomado pelo Cardeal Basílio Pompili, para a Ordem Menor de Tonsura. Formou-se em Filosofia e Teologia no ano de 1932, sendo ordenado sacerdote em 1934.
Abandonou a vida eclesiástica da Igreja Católica Romana quando, em 1937, aguardava promoção para diácono. Surpreendeu-se com a recusa do Papa Pio XII em receber o Mahatma Gandhi em seu tradicional traje branco. O Colégio Cardinalício exigia que o grande líder da Índia vestisse casaca, para não quebrar a tradição das entrevistas dos Chefes de Estado. O Professor Pastorino, diante dessa recusa, imaginou que se Jesus visitasse o Vaticano, não se entrevistaria com o Papa, pois vestia-se de forma similar a Gandhi.
Regressou ao Brasil, onde desenvolveu intensa atividade pedagógica.
Torres Pastorino foi homem de cultura extraordinária. Escritor, jornalista, teatrólogo, radialista, historiador, filólogo, professor, poliglota, poeta e compositor. Falava fluentemente vários idiomas, legando-nos imensa obra cultural, com numerosos livros didáticos. Traduziu obras de vários autores ingleses, franceses, espanhóis, italianos, clássico latinos e gregos.
Recebeu vários prêmios, registros e medalhas em reconhecimento aos serviços prestados na área da cultura. Foi professor de Latim e Grego, de Psicologia, Lógica e História da Filosofia. Como jornalista atuou intensamente tanto em jornais como em associações de jornalistas e artistas.
Quando, em 31 de maio de 1950, terminava a leitura de "O Livro dos Espíritos", declarou-se espírita, data que guardava com muito carinho. Passou a freqüentar o Centro Espírita Júlio César, no Grajaú, o qual foi sua escola inicial de Espiritismo.
Fundou o "Grupo de Estudos Spiritus", onde nasceu o "Lar Fabiano de Cristo", o boletim "SEI" (Serviço Espírita de Informação), a "CAPEMI", a "Livraria e Editora Sabedoria" e a "Revista Sabedoria". Desta forma, prestou relevantes serviços à Doutrina, no terreno cultural.
O Professor Torres Pastorino realizou muitas palestras em vários Estados. Participou ativamente de Congressos, Simpósios, Cursos e tantos outros eventos. Foi o Vice-Presidente do VI Congresso de Jornalistas e Escritores, de 1976, em Brasília, e um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas (ABRAJEE); fez-se sócio de inúmeras instituições espíritas e colaborou com a imprensa espírita nacional e do exterior.
De sua vasta bibliografia espiritualista, destacam-se "Minutos de Sabedoria", que bate todos os recordes de vendagem, "Sabedoria do Evangelho" e "Técnicas da Mediunidade".
A grande aspiração do Professor Pastorino era criar uma Universidade Livre, para ensinar Sabedoria. Em 1973 recebeu, por doação do Dr. Miguel Luzz, um terreno em Brasília, onde iniciou as obras da Universidade. Já com algumas dependências construídas, chegou a realizar vários cursos, estando a sua Biblioteca em pleno funcionamento, com seus 8.000 volumes, todos voltados para a cultura geral e o bem-estar da Humanidade.
O Professor Carlos Juliano Torres Pastorino desencarnou em 13 de junho de 1980, em Brasília - DF.













Silvino Canuto Abreu nasceu em Taubaté, Estado de São Paulo, no dia 19 de janeiro de 1892.

Formou-se em Farmácia aos 17 anos de idade, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na qual também concluiu, em 1923, o curso de Medicina.

Bacharelou-se, ainda, em Direito da Universidade do Rio de Janeiro.

Dr. Canuto logo cedo acostumou-se aos fenômenos mediúnicos, encarando-os como fatos normais em sua vida já que, segundo ele, toda a família era constituída de médiuns.

Entretanto, foi levado definitivamente ao Espiritismo pelos fenômenos provocados, em sua própria casa, pelo espírito Afonso Moreira, com o concurso da médium Maria Leopoldina Barros, conhecida como Mariquita.

Afonso Moreira fora antigo amigo de seu pai e manifestava-se assobiando, conversando baixinho (fenômeno de voz direta), provocada batidas nas portas e janelas, além de aumentar ou diminuir a luz do lampião de gás de xisto betuminoso, comum nas casas daquela época.

Tais fenômenos duram aproximadamente cinco meses, após o que o Espírito Afonso Moreira despediu-se, informando que ia ser levado para um lugar que desconhecia.

Entretanto, ainda uma vez manifestou-se, abrindo a porteira do curral e libertando o gado que lá estava, em virtude de ter ficado bastante zangado com a irmã do Dr. Canuto que, ouvindo-o bater na porta não a abriu, embora sabendo que se trata dele. Dr. Canuto Abreu possuía vasta cultura e sua biblioteca, especializada em metapsíquica, parapsicologia e assuntos correlatos, composta por mais de 10.000 volumes, é o atestado veemente da sua cultura.

Na esfera teológica, empreendeu entre outros trabalhos, a versão direta dos Evangelhos gregos, tomando por base o mais antigo manuscrito do Novo Testamento.


Pesquisou nas bibliotecas do Museu Britânico, do Vaticano e na Biblioteca Nacional de Paris. 
Profundo conhecedor do Espiritismo no Brasil e no mundo, escreveu, quando ainda circulava a revista” Metapsíquica”, vários artigos abordando fatos ocorridos no Brasil, detendo-se com profundeza de detalhes na atuação do Dr. Bezerra de Menezes.

Em 1957, quando da comemoração do primeiro centenário de “O Livro dos Espíritos”, o Dr. Canuto Abreu fez publicar, em edição bilíngüe, referida obra, tal qual foi lançada pelo Codificador.

O Espiritismo muito lhe deve pelo muito que fez em favor da divulgação dos seus postulados e pelo incomparável esforço em favor das pesquisas que formam sua parte histórica. Dr. Silvino Canuto Abreu desencarnou na cidade de São Paulo, no dia 2 de maio de 1980.

“Seu desencarne representa uma lacuna nas fileiras do Espiritismo, difícil de ser preenchida, a não ser com a profunda saudade que ele deixou no coração de seus familiares e amigos”.

BIBLIOGRAFIA: Anuário Espírita 1981 Folha Espírita – Julho de 1980
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Arthur Conan Doyle
Segundo escreveu o saudoso Prof. José Herculano Pires, prefaciando a obra de Arthur Conan Doyle, "História do Espiritismo", é um nome conhecido e lido no mundo inteiro.
Dotado Conan Doyle de fértil imaginação, comunicabilidade natural de seu estilo, a espontaneidade de suas criações tornaram-no um escritor apreciado e amado por todos os povos.
Em nosso país a série Sherlock Holmes, a série Ficção Histórica e a série Contos e Novelas Fantásticas aqui estão para comprovar a afirmação feita em favor do extraordinário escritor.
Entretanto, é bom que se diga que ele não apenas se destacou naquelas linhas compostas com três séries, pois além de historiador, pregou o uso de métodos científicos na pesquisa policial, destacou-se também como um lúcido escritor espírita em todo o mundo, revelando notável compreensão do problema espírita in-totum (como ciência, filosofia e religião).
Então, além daquelas séries enumeradas no início destas considerações existem mais duas séries: a de História e a do Espiritismo.
Ao ser lançada a primeira edição da obra "História do Espiritismo", a revista inglesa "Light" destacou o equilíbrio e a imparcialidade com que o assunto foi abordado. Uma extensa Nota assinada por D.N.G. destacou que os críticos haviam sido "agradavelmente surpreendidos", porque Conan Doyle, conhecido como ardoroso propagandista do Espiritismo, fora de uma imparcialidade a toda prova. E o articulista da revista "Light" continuava: "Uma obra de história, escrita com preconceitos favoráveis ou contrários, seria, pelo menos, antiartística, pecado jamais cometido pelo autor de - The White Company -, em nenhum de seus trabalhos".
O próprio Autor define aquele critério ao falar do desejo de contribuir para que o Espiritismo tivesse sua história e o objetivo da obra não era o de fazer propaganda de suas convicções, mas o de historiar o movimento espírita. Daí, colocar-se imparcial e serenamente como observador dos fatos que se desenrolam aos seus olhos, através do tempo e do espaço. (Ipsis litteris).
Reconhecendo a magnitude e amplitude do trabalho que se propôs realizar pediu auxílio a outras pessoas e encontrou em Mrs. Leslie Curnow uma dedicada e eficiente colaboradora e com essa ajuda prosseguiu investigações até concluir a obra.
Reconheceu não haver realizado um trabalho completo porque não dispunha de recursos necessários e tempo, mas, com satisfação verificou que fez o que era possível no momento, diante da enorme extensão e complexidade do assunto, além das condições de dificuldades do próprio movimento espírita da época. Arthur Conan Doyle nasceu em 22 de maio de 1859, em Edimburgo, faleceu em 7 de julho de 1930, em Cowborough (Susex), após viver 71 anos bem proveitosos.
Em junho de 1887 escreveu uma carta ao Editor da revista "Lìght" explicando as razões de haver se convertido ao Espiritismo. Tal carta foi publicada na edição de 2 de julho de 1887 da referida revista e republicada na edição de 27 de agosto de 1927. Em 15 de julho de 1929 a "Revista Internacional do Espiritismo", de Matão, São Paulo, dirigida por Cairbar Schutel, publicou no Brasil a primeira tradução integral daquela carta, documento importante, onde o jovem médico em 1887 revelava ampla compreensão do Espiritismo e a importância da Mensagem que a Doutrina trazia para o mundo inteiro.
Conan Doyle ainda escreveu um pequeno livro traduzido por Guillon Ribeiro e sob o título "A Nova Revelação", que descreve em detalhes como se deu sua conversão. Outras obras doutrinárias de grande mérito, revelando perfeito entendimento do problema religioso do Espiritismo, afirmando a condição essencialmente psíquica da religião espírita, "A Religião Psíquica".
A doutrina da reencarnação determinou o aparecimento de uma divergência entre aquilo que se estabeleceu chamar Espiritismo Latino e Espiritismo Anglo-Saxão. Estes, particularmente os ingleses e americanos, embora aceitassem a Doutrina Espírita não admitiam o Princípio Reencarnacionista e tal motivou os ataques e críticas ao Espiritismo. Embora a resistência mantida na Inglaterra e nos Estados Unidos contra o Princípio Reencarnacionista, Conan Doyle e outros espíritas americanos e ingleses, de renome, admitiam a reencarnação.
Na obra "A Nova Revelação", Conan Doyle declara que "muitos estudiosos têm sido atraídos ao Espiritismo, uns pelo aspecto religioso, outros pelo científico, mas, até agora ninguém tentou estabelecer a exata relação que existe entre os dois aspectos do problema". Tal foi escrito entre 1927 e 1928, sessenta anos após a desencarnação de Kardec.
Sabemos que Kardec definiu e solucionou aquele problema ao apresentar o Espiritismo como Doutrina sob tríplice aspecto: filosófica, científica e religiosa.
E Conan Doyle identificava-se com o pensamento de Kardec, aguardando que a codificação kardequiana aparecesse, sem perceber que ela já existia e estava ao seu lado, para lá do Canal da Mancha.


FOI O MELHOR METRO QUE MEDIU KARDEC
JESEG

Biografia

Conforme se vê na biografia J. Herculano Pires, o apóstolo de Kardec[1], é filho do farmacêutico José Pires Corrêa e de sua esposa, a pianista Bonina Amaral Simonetti Pires. Fez os seus primeiros estudos em AvaréItaí e Cerqueira César. Desde cedo revelou vocação literária, tendo composto aos 9 anos de idade, o seu primeiro soneto, um decassílabo sobre o Largo São João, da sua cidade natal. Aos 16 anos publicou o seu primeiro livro, Sonhos azuis (contos) e, aos 18 anos, o segundo, Coração (poemas livres e sonetos).
Colaborou em jornais e revistas da época, tanto do estado de São Paulo quanto do Rio de Janeiro. Teve vários contos publicados, com ilustrações, na Revista Artística do Interior, que promoveu dois concursos literários, um de poemas, pela sede, em Cerqueira César, e outro de contos, pela Seção de Sorocaba.
Em 1940 transferiu-se para Marília, onde adquiriu o jornal Diário Paulista, que dirigiu por seis anos. Com José Geraldo VieiraZoroastro GouveiaOsório Alves de CastroNichemja SigalAnthol Rosenfeld e outros promoveu, através do jornal, um movimento literário na cidade e publicou Estradas e ruas (poemas) que Érico Veríssimo e Sérgio Millietcomentaram favoravelmente.
Em 1946 mudou-se para São Paulo, onde lançou o seu primeiro romance O caminho do meio, que mereceu críticas elogiosas de Afonso SchmidtGeraldo Vieira e Wilson Martins.
Em sua carreira, foi ainda repórter, redator, secretário, cronista parlamentar e crítico literário dos Diários Associados, tendo exercido essas funções por cerca de trinta anos.
Graduado em filosofia pela Universidade de São Paulo, publicou uma tese existencial: O Ser e a Serenidade.

Obra

No livro Expoentes da codificação espírita[2] vê-se que Herculano Pires é autor de oito dezenas de livros, distribuídos por filosofia, ensaios, histórias, psicologiaparapsicologia eespiritismo, vários em parceria com o médium Francisco Cândido Xavier, e é considerado um dos autores mais críticos dentro do movimento espírita. A sua linha de pensamento era forte e racional, combatendo os desvios e mistificações, sendo a maior característica do conjunto de suas obras a luta por demonstrar a consistência do pensamento espírita e defender a valorização dos aspectos crítico e investigativo originalmente propostos por Kardec.
Em seus ensaios nota-se a preocupação em combater interpretações e traduções deturpadas das obras de Kardec, inclusive aquelas que surgiram no seio do movimento espírita brasileiro ao longo do século XX.
Defendia o conceito de pureza doutrinária, segundo o qual era preciso preservar a doutrina de todo tipo de influência místicaesotérica ou meramente cultural religiosa.
Em monografias filosóficas, a exemplo de Introdução à filosofia espírita, propõe-se a esclarecer a contribuição do espiritismo para o desenvolvimento da filosofia, em especial no tocante ao sentido da existência humana. Contrapõe-se frontalmente ao niilismo e ao existencialismo materialista.
A maioria das suas obras é atualmente publicada pela Editora Paideia (de sua família), a qual fundou na década de 1970 para publicar suas obras.
A sua tradução dos livros de Kardec tem sido editada por várias editoras, a exemplo da Livraria Allan Kardec Editora (LAKE), da Editora Argentina e da Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP).

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Títulos publicados

Em ordem alfabética
  • A ciência espírita e suas implicações terapêuticas
  • A obsessão - o passe - a doutrinação
  • A pedra e o joio
  • Adão e Eva
  • Agonia das religiões
  • Arigó – vida, mediunidade e martírio
  • Astronautas do além (em parceria com Chico Xavier)
  • Barrabás (trilogia "A conversão do mundo")
  • Chico Xavier pede licença (em parceria com Chico Xavier)
  • Concepção existencial de Deus
  • Curso dinâmico de espiritismo
  • Diálogo dos vivos (em parceria com Chico Xavier)
  • Educação para a morte
  • Evolução espiritual do homem na perspectiva da doutrina espírita
  • Introdução à filosofia espírita
  • Lázaro (trilogia "A conversão do mundo")
  • Madalena (trilogia "A conversão do mundo")
  • Mediunidade
  • Metrô para outro mundo
  • Na era do espírito (em parceria com Chico Xavier)
  • Na hora do testemunho (em parceria com Chico Xavier)
  • O caminho do meio
  • O centro espírita
  • O espírito e o tempo
  • O menino e o anjo
  • O mistério do ser ante a dor e a morte
  • O reino
  • O sentido da vida
  • O ser e a serenidade
  • O túnel das almas
  • O verbo e a carne – duas análises do roustainguismo (em parceria com Júlio de Abreu Filho)
  • Os filósofos
  • Os sonhos de liberdade
  • Os sonhos nascem da areia
  • Os três caminhos de Hécate
  • Parapsicologia hoje e amanhã
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Além dos seus livros, Herculano traduziu e/ou comentou as seguintes obras de Allan Kardec (Editora LAKE):


ARTIGOS DIVERSOS



CIENTISTAS TENTAM PROVAR EXISTÊNCIA DA ALMA
SEGUNDO DOIS CIENTISTAS, DEPOIS QUE A PESSOA MORRE A INFORMAÇÃO QUÂNTICA DENTRO DE ESTRUTURAS CEREBRAIS NÃO É DESTRUÍDA
O médico americano Stuart Hamerroff e o físico britânico Sir Roger Penrose afirmaram que podem provar cientificamente a existência da alma


Em entrevista ao Daily Mail, eles explicam a teoria quântica da consciência, que revela que as almas estão contidas dentro de estruturas chamadas de microtúbulos, os quais vivem dentro de nossas células cerebrais.

Segundo a publicação, a ideia se origina da noção de que o cérebro seja um computador biológico, com 100 bilhões de neurônios, que agem como redes de informação. A teoria foi levantada em 1996 e, desde então, os cientistas estudam a possibilidade.

Os dois alegam que as experiências da consciência são resultado dos efeitos da gravidade quântica dentro dos microtúbulos.

Experiência

Em uma EQM (Experiência de Quase-Morte), os microtúbulos perdem seu estado quântico, mas a informação dentro deles não é destruída. É como se "a alma não morresse, voltasse ao universo".

Hameroff explicou a teoria em um documentário narrado por Morgan Freeman, chamado “Through the Wormhole” (Através do Buraco de Minhoca), que foi levado ao ar recentemente pelo Science Channel, nos Estados Unidos.

"Vamos dizer que o coração pare de bater, o sangue pare de fluir, os microtúbulos percam seu estado quântico. A informação quântica dentro dos microtúbulos não é destruída; ela não pode ser destruída; ela simplesmente é distribuída e dissipada pelo universo“, disse o cientista.

Segundo ele, "se o paciente é ressuscitado, esta informação quântica pode voltar para os microtúbulos e o paciente passa por uma EQM".





Humanizar / SJ do Rio PretoO que é preciso para o homem ser feliz?
                                  
Anete Guimarães em mais um de seus belos seminários, que pudemos presenciar em Jales, SP, nos fez refletir sobre esse tema. A antropologia afirma que o dinheiro, a riqueza; a beleza e o poder é que nos dão felicidade.
No entanto pesquisadores, cientistas americanos, apontam que temos no cérebro as áreas de satisfação, insatisfação e do sofrimento. Realizaram pesquisas relativas ao funcionamento do cérebro, utilizando o scanner cerebral e através delas:
Empresários que ganharam muito dinheiro, ao passar pelo scanner não tiveram a área da satisfação ativada no seu cérebro.
Jovens que haviam acabado de ganhar concursos estaduais de beleza, ao passar pelo scanner também não tiveram a área da satisfação ativada, mas tiveram a área do sofrimento ativada. Mulheres bonitas sofrem de um medo terrível de deixar de ser belas.
Voluntários poderosos que haviam acabado de assumir cargos de chefia (senadores, diretores executivos) passando pela pesquisa não tiveram a área do prazer ativada ao contrário, ativaram a área do sofrimento, pelo excesso de stress que estavam sofrendo.
Concluíram os pesquisadores com bases neurológicas e científicas que o dinheiro, a beleza e o poder não garantem a felicidade. Intensificaram as pesquisas em voluntários e concluíram que a primeira fonte que nos traz felicidade é o aprendizado, as pessoas mais felizes eram aquelas que estavam aprendendo. A segunda fonte, a superação, com vitórias no esporte ou vencendo sérios problemas.
 E a terceira fonte, admiravelmente o sofrimento. Se o sofrimento causa felicidade, isso explica porque temos tanta dificuldade em mudarmos. Funciona no cérebro o circuito de culpa/recompensa. Culpa: mereço sofrer, recompensa: não aceitar a coisa boa, atrair coisas ruins.
 De forma saudável o aprendizado, a superação nos faz felizes, como explicam as maiores máximas do Evangelho “Amai-vos e instruí-vos”, “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. O autoconhecimento, a análise de nossos sentimentos, nossas emoções dar-nos-ão condições de cessar este circuito de culpa/recompensa.
Temos que romper com nossa rotina neurotizante, flexibilizarmos a ação de nosso cérebro, aprendendo a ser mais receptivos a mudanças.
“Pode o homem dominar suas más tendências?”. (Livro dos Espíritos). Respondem-nos os bons Espíritos que sim, mediante um esforço muito pequeno.
Convido a todos nós a empreendermos esse mínimo esforço, ao aprendizado, à superação, em prol de angariarmos a almejada felicidade.
                                               Maria José de Almeida







A Arte da Contabilidade Divina

  Prezado leitor, o que você entende por “colocar o Evangelho em prática ?” Será que já meditamos sobre essa questão? Será que estamos falando muito, estudando bastante, prescrevendo ainda mais? Mas e a  prática? Se fizermos uma contabilidade de nossas ações, não digo um balanço de nossas atividades junto às nossas casas espíritas ou em qualquer outro agrupamento, não! Eu falo, meus queridos amigos, e é óbvio que aqui me incluo do bom direcionamento dos nossos sentimentos e das nossas emoções.
     E, nesse momento, quero recordar aos leitores o que diz Santo Agostinho, na questão 919, em O Livro dos Espíritos, que sem dúvida é uma das principais questões, que  trata da educação dos sentimentos. É uma verdadeira cartilha de como exercitar o nosso controle, no trato com as pessoas, com a sociedade e  com nós mesmos.
     Aliás, este relato, é a própria experiência desse Espírito de escol, um dos Espíritos da falange do Espírito da Verdade.
     Pois bem, ele fazia um balanço diário dos acontecimentos do dia e, assim, contabilizava o que fez de bom e naturalmente o que fez de errado e ainda o que havia deixado de fazer. Tudo isso visando ao próximo, mas antes de tudo a ele mesmo, seguindo assim a máxima do Cristo: “Amar o próximo, como a si mesmo.”
     Alguém pode objetar que agindo dessa forma, estaríamos sendo egoístas. Mas, amigo leitor, é Jesus quem garante: Se não nos amarmos, como iremos amar o nosso próximo? Quem poderá gostar de alguém, se em primeiro plano não se gosta?
     Continuando. Santo Agostinho também nos lembra, nesta mesma questão, o que disse Sócrates: “conhece-te a ti mesmo”. E, como parte desse exercício de sentimento, ainda recomenda que consideremos a opinião dos nossos adversários, porque não têm nenhuma intenção de esconder algo negativo que veem em nós, diferentemente dos amigos, que muitas vezes não nos apontam o erro com receio de nos ofender.
     Amigo leitor, o que você pensa sobre isso? É difícil praticar o exercício do autoconhecimento?  É temerário chegar a alguma conclusão que vai nos forçar a mudanças de paradigmas?
     Será que estamos trabalhando a nossa oficina de sentimentos de forma plena, segura? Estamos exercitando o nosso psiquismo de uma forma sincera para conosco? Digo isso, meus amigos, isentando-nos da culpa que destrói, de forma responsável, registrando aquilo que já podemos mudar ou transformar em aquisições positivas. Não sendo isso possível, será que estamos sabendo  domar as nossas más tendências, não permitindo acarretar com isso compromissos dolorosos ou dificultosos para o nosso amanhã?
     É necessário reconhecer que temos um repositório de ensinamentos, através da doutrina espírita, doutrina de amor, de esperança, e que  objetiva libertar consciências, ajudando-nos sobremaneira a alcançar a evolução, lenta e gradualmente é bem verdade, mas de forma eficaz e segura, conforme sigamos seus postulados.
     Portanto, amigo e irmão leitor, sobeja à teoria: além dos livros da codificação, milhares de obras de excelente teor, palestras, aulas, vídeos, seminários, filmes, dvds, cds, eventos, tais sejam: Humanizar, Entremédiuns.
     Mas e a chamada “prática diária?”
     Ah, sim! Querido leitor, essa depende somente de nós!
     Tempo, exercício e prática... Na contabilidade, é o capital individual, não é capital societário... esse sim é o nosso capital cuja aplicação vai nos dar como resultado, DÉFICIT OU SUPERÁVIT. Sabe por quê? Porque essa contabilidade é Divina!
     Está nas Leis Naturais: Causa e efeito.
     Quanto mais capital, mais é solicitada a sua parte na formação do patrimônio.
     Meus queridos, esta partida contábil não falha. Não tem caixa dois. Não tem o chamado “jeitinho” para acertar as contas. Não tem desvios financeiros. Não tem valores a fundo perdidos.
     Tem somente resultados que poderão ser: prejuízo ou lucro.
     Esta contabilidade é cristalina, não apresenta diferenças em suas contas. É justa. Deu lucro? Ótimo. É sinal que esta empresa (nós) está aplicando no mercado (dos sentimentos) muito bem.
     Deu prejuízo? Pena. Mas o Governo de nossas ações (DEUS) nos oferece a chance de refazer essas aplicações, é claro, como já aplicamos de forma indevida, certamente teremos  agora que refazer esse balanço com juros e atualizações monetárias (que são as dificuldades do caminho evolutivo).
     Sendo assim, não nos esqueçamos: a Empresa é nossa e, portanto, somos os responsáveis pelos seus investimentos e consecutivamente, pelos resultados.
     Vamos refletir sobre isso?

     Antonio Tadeu Minghin
     







Furto legal
por Orson Peter Carrara
A expressão que usamos como título parece incoerente, mas é verdadeira: há um furto permitido por lei, com testemunhas inclusive. É um furto legalizado, no bom sentido da palavra. Nestes tempos bicudos de tensão, correria e preocupações, o texto abaixo, poético, real e suave, auxilia a dar uma trégua nas neuroses do cotidiano. Acompanhe comigo:
“(...) Há um furto legal permitido por Deus, pelas diversas religiões do globo e por todos os Códigos dos países cultos ou bárbaros: – consiste em ir alguém a um lar venturoso, cobiçar um dos seus mais belos ornamentos e usurpá-lo, com o assentimento dos lídimos possuidores, contentes ou constrangidos. Chama-se casamento. É como se alguém entrasse num jardim florido e colhesse o mais precioso espécime, o que mais o deslumbrara, à vista do seu cultivador que, às vezes, não contém as lágrimas... Acho-me na situação desse egoísta, apreciador dos tesouros alheios, amigo... Observo a dita mais perfeita no vosso lar abençoado e venho roubar-vo-la em parte, ou antes, desejo transplantar para o meu, deserto e entristecido, por falta de um arcanjo doméstico, uma centelha de alegria, de felicidade, de luz espiritualizante, que as há em abundância no vosso: quero enfim, meu amigo, permitais a aliança nupcial de Sonia com o meu Henrique... (...)”.
O texto transcrito é a expressão do pai do noivo para o pai da noiva, naqueles tempos em que os pais escolhiam o casamento para os filhos. Os dois sogros, amigos entre si, conversavam e um deles, viúvo, e pai do noivo, faz o pedido de noivado e casamento ao pai da moça. O poético texto está no belíssimo livro Do Calvário ao Infinito, de Victor Hugo, que narra a impressionante saga de um personagem cuja vida é repleta de dissabores de toda ordem, mas traz a suavidade de outra personagem, Sonia, que encanta pela beleza e nobreza de sentimentos. 
Realmente os filhos são mesmo pérolas na vida humana. Quando se casam formam a própria vida, como deve ser mesmo, para construírem sua própria independência ao lado de outra família, com os desdobramentos próprios que é preciso entender e apoiar.
Dessa união natural, surgem outros filhos, os chamados netos, que tornam a vida ainda mais dinâmica e repleta de esperanças e alegrias, fazendo do lar um verdadeiro laboratório de experiências morais, na educação e no aprendizado. Vale lembrar: “Desde pequenina , a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz (...). A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas. Façam como o bom jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore.”
Somente assim, formaremos filhos que mais se parecerão tesouros em flor, com a moralidade educada, com a postura digna de cidadãos conscientes e responsáveis. O quadro social que encontramos atualmente, caótico, deselegante, agressivo, é fruto da indiferença ou omissão dos pais, apesar da bagagem que já trazem os filhos. Na poesia acima transcrita, na formosura moral de uma jovem, vemos o papel da educação. Aliás, leitor, leia o livro para encantar-se com a personagem. 
A família é mesmo um laboratório de educação e começa, mesmo considerando a família anterior, quando dois jovens se unem pelo amor no casamento, formando uma nova família...



O DESAPARECIMENTO DO CORPO DE JESUS




A Gênese- item 64”(...)...Uns viram neste desaparecimento um fato milagroso; outros supuseram uma remoção clandestina. Segundo outra opinião, Jesus não teria jamais revestido um corpo carnal, mas somente um corpo fluídico...”

Amigo Leitor, muito se tem escrito e comentado sobre o desaparecimento do corpo de Jesus. Algumas teorias são propostas, até porque provas materiais não existem.
Uma das teorias é a chamada combustão natural. - Sendo Jesus, o Espírito mais perfeito que a terra conheceu, dominava todos os “segredos” da natureza, melhor dizendo, as Leis naturais. Teria ,pois,  provocado a combustão natural ou espontânea, para que, qualquer dos lados usasse de maneira imprópria o seu corpo já inanimado.
Outra teoria é a de que José de Arimatéia, senador, sendo amigo de Jesus, com sua autoridade fez o traslado para outra sepultura, como tinha autoridade política devido a seu cargo, no Império Romano, poderia entrar no recinto onde jazia o corpo de Jesus e removê-lo - a seu mando para outro local - ignorado de todos e da história.
 Existe outra teoria, esta milagrosa, ou seja, a chamada ressurreição. segundo esta, Jesus teria “subido aos céus” com o corpo carnal, o que torna este fato contrário as Leis naturais, como por exemplo, a Lei de destruição. Afirmam os favoráveis desta teoria que: “para Deus nada é impossível”. Realmente essa é uma verdade - para Deus nada é impossível - entretanto, porque Deus, neste caso, iria contra a sua própria Lei? Perguntamos: que valor teria um corpo carnal em um mundo espiritual? Por que o Apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso, afirmaria categoricamente que existe um corpo corruptível (material) e o corpo incorruptível (espiritual)? Sabemos perfeitamente hoje, que o corpo físico volta para a natureza em forma de elementos nutritivos para que a mesma possa produzir mais. Então, porque com o corpo de Jesus seria diferente? Ele que encarnou entre nós para exemplificar, inclusive afirmando que não veio destruir a Lei e sim cumpri-la? Fica evidente de que quando ele ressurge, primeiro para Maria de Magdala e depois para os Apóstolos, se apresenta com o seu perispírito, (corpo incorruptível). E quando termina a sua missão, desaparece, na frente dos seus apóstolos e seguidores.
Assim, acontece após a materialização de um espírito, quando no final da ectoplasmia, fenômeno natural explicado com muita propriedade pela Doutrina Espírita. Se ele estivesse revestido com seu corpo carnal (que aliás não tinha mais nenhum sinal vital) não poderia, pelas Leis da Física, da Química (Leis naturais de Deus) e de outras provocar o fenômeno de desaparecimento, na frente das pessoas.
E finalmente a última teoria, esta defendida até por uma boa parte de espíritas, que é: Jesus teria usado um corpo fluídico desde o seu nascimento. Se fosse admissível, Jesus não teria sofrido nada do seu calvário, o que apenas foi uma aparência de sofrimento.  Pois bem, este fato nos leva a crer que todo o processo que Jesus passou desde as agressões que sofreu e depois o peso do madeiro infame (a cruz) seguido das lacerações em seu corpo, provocada pelos soldados, e por fim a crucificação, inclusive com a quebra dos ossos dos joelhos para rebaixar o tórax e assim comprimir os pulmões originando falta de ar (sufocante), seria então, apenas um teatro.
E o Mestre Jesus foi, é e será sempre verdadeiro!
E você amigo leitor, já pensou sobre isso? Vamos estudar e refletir?
Muita paz a todos!


Antonio Tadeu Minghin –
Expositor Espírita



FUNÇÃO DA CASA ESPÍRITA

    A Terra, que se viu coberta por densas sombras na Idade Média, que passou pelo Século das Luzes,  atravessa, agora, singular período. Muitos proclamam em discussões acirradas que nunca dantes vivemos calamidades sociais e naturais tão ásperas, outros atrevem-se, incautos, a dizer que Deus nunca esteve tão distante. Enganam-se uns e outros.
    Por toda parte encontramos criaturas procurando um sentido maior para suas vidas. Reconhecemos, no entanto, que essa procura por vezes se expressa de forma muito dolorosa, através de fugas espetaculares e de excessos de todos os matizes, que os conduzem, não raras vezes, ao encontro de maiores padecimentos por desconsiderarem a paternidade divina.
    E em meio a tanta dor surge por  remédio providencial a Casa Espírita, divino recanto de paz e refrigério, onde encarnados e desencarnados encontram o necessário refazimento das forças psíquicas.
    É bem verdade que muitos chegam à cata de um milagre, olvidando que a vida por si só já é um milagre. Querem não sentir dor, não padecer de nenhuma limitação, não defrontar obstáculos, e encontram a abençoada oportunidade de servir. Afligem-se com as doenças do corpo, descobrem o remédio para a alma. Insistem em  manterem-se na ignorância reproduzindo comportamentos inadequados do pretérito  e cultivando outros tantos no presente, deparam-se com criaturas desenfaixadas das vestes carnais que vêm de longe compartilhar de suas dores oferecendo exemplo vivo de necessidade de mudança.
    No labor a que se entregam, na aquisição do conhecimento libertador de consciências, as criaturas, todas elas, são promovidas a médicas de si mesmas. Desenvolvem capacidade enorme de vencer seus desafios, encontram a alegria do trabalhador da última hora.
    A Casa Espírita é isto: o lar, o hospital, a escola, a oficina de trabalho, tudo integrado no soerguimento dos filhos de Deus.




Muita Paz!
Rita Mercês Minghin