OS DISCÍPULOS DE JESUS

OS DISCÍPULOS DE JESUS
"Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem." Jesus"

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL E NOVO ANO SEMPRE COM JESUS!


É O DESEJO DE TODA A COMUNIDADE DO CENTRO ESPÍRITA DISCÍPULOS DE JESUS DE PENÁPOLIS

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

NOVOS ARTIGOS (outros artigos ver: Postagens mais antigas)




Procusto

     Alguns sinais de intolerância:
     Acreditar que
·       todas as nossas crenças são verdadeiras;
·       podemos mudar as pessoas;
·       temos o controle de tudo e de todos;
·       reunimos condições para salvar o mundo;
·       é sempre aceitável a imposição de nossos pontos de vista;
·       o outro é perfeito e, como tal, não pode falhar.
     Esses itens não esgotam o padrão de comportamento da pessoa intolerante, mas evidenciam algumas de suas características.
     Claro é que nesse comportamento há mais conflito e ausência de autoconhecimento do que o desejo de prejudicar ou subjugar.
     É sinal de intolerância, expresso de variada forma, a incapacidade de conviver bem com as pessoas como se nos apresentam, com suas idiossincrasias. Inclui-se aqui também a dificuldade de aceitar determinadas situações que não podem ser modificadas, momentaneamente ou não.
     Tentando ajustar o que o outro é às próprias vontades e/ou necessidades, corrompemos-lhe a identidade, inviabilizando assim relações saudáveis e verdadeiras.  
     Oportunamente, lembramos a personagem mítica, Procusto.
     Procusto era um bandido que vivia na serra de Elêusis. Em sua casa, havia uma cama de ferro, que tinha seu exato tamanho. Convidava todos os viajantes a se deitarem nela. Se os hóspedes fossem demasiado altos, ele amputava o excesso de comprimento para ajustá-los à cama, e os que tinham pequena estatura eram esticados até atingirem o comprimento suficiente. Uma vítima nunca se ajustava exatamente ao tamanho da cama porque Procusto, secretamente, tinha duas camas de tamanhos diferentes.¹
     Assim, de forma análoga à da personagem mitológica, tentamos enquadrar as pessoas em nossas expectativas. Se a conversão não acontece sobrevêm a frustração, a raiva e por fim o distanciamento.
     Sinaliza-se, assim, que nossos processos afetivos padecem de falta de amadurecimento. Por isso existe tanto sofrimento e tanta luta inglória nos movimentos em busca da alegria nas relações, sejam elas entre namorados, cônjuges, pais e filhos, amigos, companheiros de trabalho etc.          
     Será que sofremos a síndrome de Procusto? Temos esticado ou cortado muita gente? A métrica tem sido nossa prioridade ou já  valorizamos e respeitamos as diferenças?
     Procusto deve ter sido tão solitário... E quantos de nós temos olhado ao redor sentindo a ausência de pessoas tão queridas, que afastamos de nosso convívio deliberadamente.
     Jesus sinalizou: Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem
     Ah, quão longe nos encontramos da fraternidade proposta pelo Cristo! Quanto receio de abrir mão de pontos de vista... Quantas guerras declaradas a pretexto de nos protegermos!
     Recorramos à orientação de Agostinho³ buscando o autoconhecimento e, assim, abandonaremos em definitivo as duas camas de ferro (o fardo pesado) que insistimos em carregar: a intolerância.
CE Discípulos de Jesus
Rita Mercês Minghin

¹ http://pt.wikipedia.org/wiki/Procusto
² João, 13:35
³ Questão 919 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec





CAUSAS DO DESGOSTO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Amigos leitores, dando sequência aos últimos artigos escritos pelos nossos companheiros nesta coluna, chamando-nos a atenção sobre as conseqüências e atitudes a tomar frente ao grande problema das doenças de fundo emocional e psíquico, que é considerado a doença da atualidade e, infelizmente, o seu crescimento na próxima década, vamos encontrar na questão 957 do O Livro dos Espíritos  importante definição sobre a origem do desgosto, onde o insigne Codificador e Mestre Allan Kardec, argúi os Espíritos Veneráveis sobre esta questão e obtém dos mesmos a seguinte resposta (em resumo): “A origem dos desgostos provém das seguintes situações: da saciedade, da falta de fé e da ociosidade.
Pois bem, caro leitor, quando se fala de saciedade, a maior comprovação se projeta nas estatísticas que demonstram que o maior índice de suicídios ocorre em países ricos. Muitas vezes, pessoas que possuem muito e podem adquirir o que desejam, focam simplesmente o aspecto material, perdendo, com isso, a motivação da busca, caminhando para o desânimo, rebaixando a sua autoestima e consequentemente vem o desequilíbrio e a perturbação mental.
Por outro lado, quando se trata da falta de fé, o indivíduo que estava em busca de algo que gostaria de ter, ou ser, e não se dá conta de que aquele algo na verdade não era do que necessitava, não alcançado o fim objetivado, principalmente com petitórios feitos à espiritualidade, aos santos, a Jesus ou a Deus, fica descrente de tudo e de todos, se colocando na posição de sofredor imerecido, atribuindo a sua frustração a Deus ou a sua pseudo crença. Na realidade essa pessoa estava exigindo algo em troca de favores se esquecendo de que as Leis Divinas não negociam com ninguém.
E finalmente a ociosidade, traduzida em mente e mãos vazias. Hoje todos afirmam que o melhor remédio é o trabalho. Fazer o trabalho profissional com amor, com vontade, não só para receber o seu salário ou seu ganho, que, diga-se de passagem é importante para as nossas necessidades, mas... o trabalho no bem é o melhor remédio para lidarmos com os nossos sentimentos. A ocupação mental, nos traz vibrações de amor, de carinho de gratidão, quando atendemos aquela pessoa carente de atenção, de uma palavra amiga, de um sorriso e mesmo de necessidades materiais. E veja, amigos leitores, quantas entidades de todos os seguimentos religiosos ou sem ser religiosas oferecem e necessitam de voluntários para as suas atividades. É uma ótima oportunidade de servirmos e com isso pelas Leis Divinas, de sermos também servidos. Vamos trabalhar para o próximo? Vamos refletir sobre isso? Muitas paz a todos.
Antonio Tadeu Minghin








SUICÍDIO

(...) Não havia então ali, como não haverá jamais, nem paz, nem consolo, nem esperança: tudo em seu âmbito marcado pela desgraça era miséria, assombro, desespero e horror. Dir-se-ia a caverna tétrica do Incompreensível, indescritível a rigor até mesmo por um Espírito que sofresse a penalidade de habitá-la.
O vale Aqui, era a dor que nada consola, a desgraça que nenhum favor ameniza, a tragédia que ideia alguma tranquilizadora vem orvalhar de esperança! Não há céu, não há luz, não há sol, não há perfume, não há tréguas!
O que há é o choro convulso e inconsolável dos condenados que nunca se harmonizam!

(capítulo primeiro, No Vale dos Suicidas)
 MEMÓRIAS DE UM SUICIDA
  (Obra Mediúnica)
  YVONNE A. PEREIRA

O Espírito Camilo Castelo Branco em  o livro “Memórias de Um Suicida” descreve em tintas fortes o que encontrou ao retornar à  Pátria Maior através do suicídio. Conta-nos este espírito que não existe sofrimento comparável ao daquele que busca fugir da vida aniquilando o corpo de carne.
A falta de conhecimento, quase ingenuidade, que caracteriza muitas criaturas as leva a acreditarem que matando-se matarão também a dor, a mágoa, o desespero. Ao acordarem, defrontam-se com tormentos inenarráveis, principalmente o sentimento de inutilidade do ato que não fez cessar as dificuldades, ao contrário, aumentou-as exponencialmente.
O depoimento das almas que partiram nos faz repensar sobre a necessidade de sermos fortes, termos  bom ânimo perante os desafios a que formos chamados a atravessar. É, de fato, necessário ter-se coragem para viver, não para morrer. É nos embates do dia a dia que se mede o caráter robusto, vigoroso dos homens. Viemos a este mundo para aprender a lutar o bom combate, mister se faz que não fujamos às provas, pois sabemos que nunca estamos desamparados. Quando menos se espera o socorro aparece, as situações se modificam, é preciso esperar trabalhando, orando, acreditando...
O Espiritismo Cristão não tenta convencer pelo medo, nos oferece a possibilidade da reflexão a respeito das nossas responsabilidades enquanto filhos de Deus. A estrada de ascensão aos planos superiores da vida é íngreme, exigindo daqueles mais despertos mais renúncia, mais decisão. Hoje, não precisamos enfrentar as feras famintas nos circos de horror; o nosso desafio consiste em vencer a baixa tolerância às frustrações, a buscarmos o reino de Deus em primeiro lugar, a vencer em cada um de nós a prepotência, o melindre, a inveja, a indiferença, etc.
Haverá sempre e para todos oportunidade de recomeçar mas, a que preço? Muito choro e ranger de dentes espera aqueles que tendo ocasião de evitar o erro a ele se arrojam, vencidos e desanimados.  A Lei, no entanto, nos alcança, guiando-nos pelos caminhos do recomeço nas muitas reencarnações, aonde recomeçaremos com as marcas do ato gravadas no corpo e na alma lembrando-nos sempre de que só ao Pai cabe a decisão de quando e como cessar a nossa experiência de vida aqui, na Terra.
Enquanto é tempo procuremos nos fortalecer na fé aprendendo a vencer dificuldades, olvidemos as sugestões internas e externas que possam nos induzir ao suicídio. Reservemos um momento, sintonizemos com Deus, pela oração sincera, peçamos ajuda ao anjo que nos tutela os passos, trabalhemos pelas criaturas em geral e a Vida Maior nos ditará diretrizes seguras, tão seguras que mesmo sentindo dor, nosso coração estará repleto de gozo e de esperança. Entoaremos hinos de louvor ao Pai como os primeiros mártires do Cristianismo Nascente, ébrios de felicidade por poderem dar testemunho de sua fé. Muita Paz!

Rira Mercês Minghin





O que é preciso para o homem ser feliz?
                                  
Anete Guimarães em mais um de seus belos seminários, que pudemos presenciar em Jales, SP, nos fez refletir sobre esse tema. A antropologia afirma que o dinheiro, a riqueza; a beleza e o poder é que nos dão felicidade.
No entanto pesquisadores, cientistas americanos, apontam que temos no cérebro as áreas de satisfação, insatisfação e do sofrimento. Realizaram pesquisas relativas ao funcionamento do cérebro, utilizando o scanner cerebral e através delas:
Empresários que ganharam muito dinheiro, ao passar pelo scanner não tiveram a área da satisfação ativada no seu cérebro.
Jovens que haviam acabado de ganhar concursos estaduais de beleza, ao passar pelo scanner também não tiveram a área da satisfação ativada, mas tiveram a área do sofrimento ativada. Mulheres bonitas sofrem de um medo terrível de deixar de ser belas.
Voluntários poderosos que haviam acabado de assumir cargos de chefia (senadores, diretores executivos) passando pela pesquisa não tiveram a área do prazer ativada ao contrário, ativaram a área do sofrimento, pelo excesso de stress que estavam sofrendo.
Concluíram os pesquisadores com bases neurológicas e científicas que o dinheiro, a beleza e o poder não garantem a felicidade. Intensificaram as pesquisas em voluntários e concluíram que a primeira fonte que nos traz felicidade é o aprendizado, as pessoas mais felizes eram aquelas que estavam aprendendo. A segunda fonte, a superação, com vitórias no esporte ou vencendo sérios problemas.
 E a terceira fonte, admiravelmente o sofrimento. Se o sofrimento causa felicidade, isso explica porque temos tanta dificuldade em mudarmos. Funciona no cérebro o circuito de culpa/recompensa. Culpa: mereço sofrer, recompensa: não aceitar a coisa boa, atrair coisas ruins.
 De forma saudável o aprendizado, a superação nos faz felizes, como explicam as maiores máximas do Evangelho “Amai-vos e instruí-vos”, “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. O autoconhecimento, a análise de nossos sentimentos, nossas emoções dar-nos-ão condições de cessar este circuito de culpa/recompensa.
Temos que romper com nossa rotina neurotizante, flexibilizarmos a ação de nosso cérebro, aprendendo a ser mais receptivos a mudanças.
“Pode o homem dominar suas más tendências?”. (Livro dos Espíritos). Respondem-nos os bons Espíritos que sim, mediante um esforço muito pequeno.
Convido a todos nós a empreendermos esse mínimo esforço, ao aprendizado, à superação, em prol de angariarmos a almejada felicidade.
                                               Maria José de Almeida







                             



                                PROGRESSO E FELICIDADE
   Francisco Cândido Xavier que, com seus dons sempre voltados para o Bem, nos presenteou com inúmeras obras mediúnicas, teve Emmanuel como seu mentor espiritual.
Num dos livros ditados por esse Espírito, encontramos um apelo ao Homem moderno no sentido de ultrapassar não apenas as barreiras do som e da gravitação conquistando o espaço e dominando intrincadas tecnologias, mas também ultrapassando outras barreiras como, por exemplo, a barreira do orgulho, da avareza, do egoísmo, dos preconceitos, da indiferença e da discórdia.
Para que o progresso existente nos mais diferentes setores do conhecimento humano leve as criaturas a serem mais felizes, não basta que progridam vertiginosamente apenas as ciências exatas, torna-se indispensável que se desenvolvam as ciências humanas a fim de que seja estabelecido um equilíbrio entre os conhecimentos, sentimentos e as ações.
Sabedoria e Moral, ou seja, Conhecimento e Bondade, eis o que proporcionará à Humanidade um viver melhor e menos sofrido, tanto quanto é possível dentro do nosso estágio evolutivo e do estágio evolutivo de nossa atual moradia: o Planeta Terra.
A doutrina espírita cristã nos convida ao conhecimento de nós mesmos, como já recomendava o filósofo grego, a fim de sanarmos as nossas falhas e aperfeiçoarmos as nossas boas tendências. Ela nos incentiva à prática do Bem tendo como modelo, JESUS.
Tentemos auxiliar outros também a serem felizes certos de que enquanto nos dedicamos a fazer algo de bom e útil para o nosso próximo, mesmo que seja algo que nos pareça insignificante Deus estará trabalhando a nosso favor.
E oremos com sinceridade, não só para pedir, mas também para louvar e para agradecer. Nos dias de maiores dificuldades, mesmo que as preces não possam mudar completamente a natureza das nossas provas, nos trarão com toda certeza, fortalecimento, coragem, resignação e intuições preciosas do Alto que nos permitirão atenuarmos o sofrimento e a dor.
  Trabalhemos e semeemos, enquanto temos a oportunidade para isso. Não podemos perder de vista nossos objetivos cristãos sem esquecer, no entanto, que eles jamais nos serão dados de presente, mas conquistados pelo nosso próprio esforço, dedicação e persistência, nos fazendo cada vez mais felizes.
                                                              Rosa Maria Hecht Pizzo
                                                       




FUNÇÃO DA CASA ESPÍRITA

    A Terra, que se viu coberta por densas sombras na Idade Média, que passou pelo Século das Luzes,  atravessa, agora, singular período. Muitos proclamam em discussões acirradas que nunca dantes vivemos calamidades sociais e naturais tão ásperas, outros atrevem-se, incautos, a dizer que Deus nunca esteve tão distante. Enganam-se uns e outros.
    Por toda parte encontramos criaturas procurando um sentido maior para suas vidas. Reconhecemos, no entanto, que essa procura por vezes se expressa de forma muito dolorosa, através de fugas espetaculares e de excessos de todos os matizes, que os conduzem, não raras vezes, ao encontro de maiores padecimentos por desconsiderarem a paternidade divina.
    E em meio a tanta dor surge por  remédio providencial a Casa Espírita, divino recanto de paz e refrigério, onde encarnados e desencarnados encontram o necessário refazimento das forças psíquicas.
    É bem verdade que muitos chegam à cata de um milagre, olvidando que a vida por si só já é um milagre. Querem não sentir dor, não padecer de nenhuma limitação, não defrontar obstáculos, e encontram a abençoada oportunidade de servir. Afligem-se com as doenças do corpo, descobrem o remédio para a alma. Insistem em  manterem-se na ignorância reproduzindo comportamentos inadequados do pretérito  e cultivando outros tantos no presente, deparam-se com criaturas desenfaixadas das vestes carnais que vêm de longe compartilhar de suas dores oferecendo exemplo vivo de necessidade de mudança.
    No labor a que se entregam, na aquisição do conhecimento libertador de consciências, as criaturas, todas elas, são promovidas a médicas de si mesmas. Desenvolvem capacidade enorme de vencer seus desafios, encontram a alegria do trabalhador da última hora.
    A Casa Espírita é isto: o lar, o hospital, a escola, a oficina de trabalho, tudo integrado no soerguimento dos filhos de Deus.
Muita Paz!
Rita Mercês Minghin



A DIVERSIDADE DO RELACIONAMENTO FAMILIAR NA ÓTICA ESPÍRITA
Um dos pilares do progresso moral e espiritual do ser humano é sem dúvida a instituição chamada família. Sem ela as estruturas psicossociais estariam em derrocada, as leis de sociedade e progresso comprometidas e a pessoa humana certamente perderia suas referências. Então surge uma questão: Por que tanta diversidade no relacionamento ou no comportamento familiar? Por que existem famílias com bom entendimento entre todos, com tolerância, diálogo, afeto e carinho? Por outro lado, existem outras que vivem num clima de guerra, brigas, gritos, desafetos e desrespeito. Outras ainda, não há brigas, mas também não há dialogo, o relacionamento é frio e indiferente. Por quê? Conquanto, sejam muito respeitáveis, sérios e de grande utilidade para a família, os estudos acadêmicos ou de pesquisas nesta área da pedagogia familiar, bem como, os estudos da psicologia humana. Ademais, coube à Doutrina Espírita transcender sobre esta questão e explicar com muita propriedade sobre a natureza do Espírito - este ser real, eterno e que não se desestrutura como o corpo biológico através da morte - permanece vivo e atuante!
Explica o Espiritismo que existem basicamente quatro situações reencarnatórias em família: Primeiro aspecto: Por afinidade: os propósitos são os mesmos, existem combinações de ideias e de ideais e respeito mútuo dos sentimentos, tendo como objetivo, juntos, auxiliarem outras pessoas ou famílias em suas necessidades, ampliando com isto, a relação de amizade e fraternidade entre si e entre todos; Segundo aspecto: Por Provas: Pessoas diferentes umas das outras, que tem como objetivo testar virtudes com a finalidade de exercitar os sentimentos, adquirindo experiências e aprendizados; Terceiro aspecto: Por reajustes ou reconciliação: Ligações pretéritas, desafetos, inimigos ou adversários, tendo como finalidade harmonizar os sentimentos, exercitar o perdão e o amor, destruindo os laços de ódios e rancores; e como Quarto aspecto: reencarne em família pela oportunidade de servir: reencarne em família estranha, com a finalidade de ajudar ou ser ajudado, a pedido ou convite, impulsionando a sua evolução e auxiliando na evolução do próximo.
Portanto amigos leitores, em quaisquer das situações, é de suma importância que tenhamos o máximo de paciência, tolerância e carinho no relacionamento familiar, pois assim poderemos exemplificar a conduta que tanto o mestre Jesus nos ensinou: “Fazer ao próximo o que queremos que nos façam”.
Vamos refletir sobre isso? Muita paz a todos!
Antonio Tadeu Minghin




O Inferno das Paixões

“O homem que não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera.”  Carl Gustav Jung, psicanalista


       Acostumados a ativar mecanismos de defesa física e psicológica perante a dor, olvidamos sua função divina.
      A esse respeito o eminente psicanalista, Jung, proclamou : “O homem que não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera”, sinalizando, assim, que todas as ocorrências devem convergir para a edificação do bem no homem.
     No entanto, instados por crenças castradoras, grande parte das criaturas se demoram entre o arrependimento e a culpa, olvidando oportunidades de aprendizagem e superação, conjunto esse indispensável na construção da felicidade, conforme estudos  de neurociência da atualidade.
      A título de exemplificação da fala de Jung, lembremos a parábola do filho pródigo, contada por Jesus: Um homem tinha dois filhos. O mais novo, um dia, pediu sua parte da herança e, partindo se entregou a todos os vícios, numa exacerbação dos sentidos mais grosseiros.
      Em pouco tempo, exaurido e arrependido, entra num processo de culpa, punindo-se, expressão muito bem definida por Jesus quando explicou-lhe o estado de espírito: “e foi viver com os porcos”.
     Sob o impulso da dor, lembrando-se do pai e como seus servos lá viviam, quebra o ciclo de culpa/recompensa, supera o orgulho e a vaidade e entende fazer o caminho de volta à casa paterna, agora sim, num mecanismo de autoamor.
     Esse retorno expressa o “atravessar das paixões”, do qual Jung nos fala.
     Mais experiente pôde, então, discernir e fazer a escolha mais adequada às suas necessidades. A partir daquele momento já não mais fazia sentido gozar à larga o sofrimento e a dor , mas utilizar-se desses instrumentos como estímulo bendito na conquista de si mesmo.
     A proposta deste artigo, obviamente, não é fazer apologia à dor, antes e ao contrário, é inspirar por meio das luzes da filosofia espírita o espírito espírita ou não, a  alcançar a liberdade de consciência, responsabilizando-se por suas escolhas e lembrando-se sempre de que o pai da parábola representa Deus e a sua incessante capacidade de ofertar-nos renovadas oportunidades de elevação.
     Muita paz!

                                                      Centro Espírita Discípulos de Jesus
                                                                 Rita Mercês Minghin 




              JESUS É O ANIVERSARIANTE?

Amigo leitor, é verdade que o mês de dezembro existe “algo diferente”, talvez um magnetismo positivo maior, talvez o que se chama “espírito do natal”. Mas, será que já paramos para pensar o que seria este “espírito”? Este clima emocional que toma conta de todos ou da maioria das pessoas? Será que a causa principal é o aniversário de Jesus? Considerado hoje como data oficial, dia 25 de dezembro foi na verdade designado para acompanhar os festejos da Roma antiga, mas alguns historiadores afirmam que a data correta do nascimento do Mestre Jesus seria por volta dos dias 02 a 04 de abril, além de que também o ano, como é calculado hoje, teria uma diferença de 4 a 6 anos aproximadamente antes da data fixada. Mas, será que não estamos comemorando muito mais o Papai Noel ( simbolizado na figura de São Nicolau), ou quiçá as festas, estas estimuladas pelo mercantilismo? Como entender a homenagem do nascimento de Jesus com abuso de bebida e de comida, principalmente à custa do sacrifício de nossos irmãos menores – os animais?  Não é ignorar os festejos que fazem parte dos costumes de um povo, mas sim, priorizar o entendimento e o valor da presença de Jesus em nosso meio, pelas atitudes e ações.
Acredito, caro leitor, realmente, que o motivo primordial para este “clima” seja a figura de Jesus, e que devido ao magnetismo do Mestre e do exemplo que nos transfere, nos torna mais caridosos, mais sentimentais, mais abertos ao diálogo, mais fraternos e mais amigos.
Mas ainda assim, fica a pergunta, por que não deixamos este magnetismo “nos envolver” o ano todo? Por que terminado o mês de dezembro “voltamos ao nosso dia a dia”, muitas vezes esquecendo este “clima de amor” que Jesus nos provoca? Não falo, amigo leitor, da caridade material, porque esta, de fato, é a mais fácil de se fazer. Falo da caridade espiritual, isto é, trabalharmos os nossos sentimentos, aplicando-os juntos às pessoas com que convivemos ou com que nos relacionamos ou até com a sociedade como um todo. Procuremos, no nosso foro íntimo, ativar e exercitar os sentimentos de paciência, tolerância, esperança, humildade e outros que fazem a evolução do Espírito. Entendo que mais do que comemorar o nascimento de Jesus, devemos praticar os exemplos deixado por Ele, e atente: não apenas no mês de dezembro, mas sim em todos os dias das nossas existências. Mais do que comemorar a natalidade do nosso Guia e Modelo e enfatizar a exata data de seu nascimento, é importante verificarmos se Jesus já nasceu dentro de nós.
O “nascer dentro de nós” não significa, hoje, dominarmos todos os campos dos sentimentos, mas o exercício constante para dominar as más tendências, que ainda permanecem no nosso campo psíquico e consequentemente espiritual.
Portanto, leitor amigo e irmão,  se temos a  certeza de que Jesus já “nasceu  em nós” - que bom! Que então exemplifiquemos nos momentos em que as provas surgirem em nosso caminho, entendendo e discernindo que a provação do momento é parte integrante de nosso aprendizado. Pois assim estaremos comemorando o nascimento e a presença de Jesus todos os dias de nossas existências.
Vamos refletir sobre isso? Muita paz, com um Natal repleto de aprendizado e luz!

Antonio Tadeu Minghin




Seja feita a Tua vontade!
   
    Quando nos comprometemos com Deus a fazer-LHE a vontade, notadamente nos momentos da oração, quase invariavelmente desprezamos o sentido real desse compromisso.
    Bastará a Vida  oferecer-nos oportunidades de reajuste ignorando a nossa vontade que, imediatamente nos sentiremos infelizes. Queixosos, questionaremos a divina sabedoria.
    Vezes sem conta, buscamos a satisfação dos desejos, das sensações do corpo, dos caprichos de todos os matizes e nesse afã olvidamos a mensagem que nos convida a fazer a vontade do Senhor, ainda que contrariados.
    O orgulho e o egoísmo, que se constituem a gênese de todas as nossas quedas morais, quando permitimos que se sobreponham à razão, dão-nos falsa ideia de nossas verdadeiras necessidades.
    No exame oportuno de nossos desacertos, assim nos situamos:
* ao recebermos uma ofensa, defendemo-nos usando o mesmo artifício;
* um pedido negado redunda certamente em revolta;
* uma dieta imposta, o desprezo pela ocasião de aprender alimentar-se com segurança;
* um amigo que deserta, a facilidade de esquecimento de suas virtudes;
* a doença que nos visite, cobrança imediata do remédio para efeitos;
* um negócio lucrativo que não se concretiza, espaço aberto para o desalento...
   Nos momentos tormentosos a orientação cristã sinaliza temperança, equilíbrio, uso da inteligência. É imperativo serenar nossas emoções, buscando refúgio seguro na prece, pavimentando uma ponte de luz entre nós, que representamos a necessidade, e o socorro divino, que nos aguarda a rogativa humilde.
    E, por fim, sempre que dissermos “seja feita a Tua vontade”, calemos nossas inquietações, aprendendo no exercício da renúncia  identificar a vontade Dele.      

Muita Paz!
Rita Mercês



 
A Arte da Contabilidade Divina

  Prezado leitor, o que você entende por “colocar o Evangelho em prática ?” Será que já meditamos sobre essa questão? Será que estamos falando muito, estudando bastante, prescrevendo ainda mais? Mas e a  prática? Se fizermos uma contabilidade de nossas ações, não digo um balanço de nossas atividades junto às nossas casas espíritas ou em qualquer outro agrupamento, não! Eu falo, meus queridos amigos, e é óbvio que aqui me incluo do bom direcionamento dos nossos sentimentos e das nossas emoções.
     E, nesse momento, quero recordar aos leitores o que diz Santo Agostinho, na questão 919, em O Livro dos Espíritos, que sem dúvida é uma das principais questões, que  trata da educação dos sentimentos. É uma verdadeira cartilha de como exercitar o nosso controle, no trato com as pessoas, com a sociedade e  com nós mesmos.
     Aliás, este relato, é a própria experiência desse Espírito de escol, um dos Espíritos da falange do Espírito da Verdade.
     Pois bem, ele fazia um balanço diário dos acontecimentos do dia e, assim, contabilizava o que fez de bom e naturalmente o que fez de errado e ainda o que havia deixado de fazer. Tudo isso visando ao próximo, mas antes de tudo a ele mesmo, seguindo assim a máxima do Cristo: “Amar o próximo, como a si mesmo.”
     Alguém pode objetar que agindo dessa forma, estaríamos sendo egoístas. Mas, amigo leitor, é Jesus quem garante: Se não nos amarmos, como iremos amar o nosso próximo? Quem poderá gostar de alguém, se em primeiro plano não se gosta?
     Continuando. Santo Agostinho também nos lembra, nesta mesma questão, o que disse Sócrates: “conhece-te a ti mesmo”. E, como parte desse exercício de sentimento, ainda recomenda que consideremos a opinião dos nossos adversários, porque não têm nenhuma intenção de esconder algo negativo que veem em nós, diferentemente dos amigos, que muitas vezes não nos apontam o erro com receio de nos ofender.
     Amigo leitor, o que você pensa sobre isso? É difícil praticar o exercício do autoconhecimento?  É temerário chegar a alguma conclusão que vai nos forçar a mudanças de paradigmas?
     Será que estamos trabalhando a nossa oficina de sentimentos de forma plena, segura? Estamos exercitando o nosso psiquismo de uma forma sincera para conosco? Digo isso, meus amigos, isentando-nos da culpa que destrói, de forma responsável, registrando aquilo que já podemos mudar ou transformar em aquisições positivas. Não sendo isso possível, será que estamos sabendo  domar as nossas más tendências, não permitindo acarretar com isso compromissos dolorosos ou dificultosos para o nosso amanhã?
     É necessário reconhecer que temos um repositório de ensinamentos, através da doutrina espírita, doutrina de amor, de esperança, e que  objetiva libertar consciências, ajudando-nos sobremaneira a alcançar a evolução, lenta e gradualmente é bem verdade, mas de forma eficaz e segura, conforme sigamos seus postulados.
     Portanto, amigo e irmão leitor, sobeja à teoria: além dos livros da codificação, milhares de obras de excelente teor, palestras, aulas, vídeos, seminários, filmes, dvds, cds, eventos, tais sejam: Humanizar, Entremédiuns.
     Mas e a chamada “prática diária?”
     Ah, sim! Querido leitor, essa depende somente de nós!
     Tempo, exercício e prática... Na contabilidade, é o capital individual, não é capital societário... esse sim é o nosso capital cuja aplicação vai nos dar como resultado, DÉFICIT OU SUPERÁVIT. Sabe por quê? Porque essa contabilidade é Divina!
     Está nas Leis Naturais: Causa e efeito.
     Quanto mais capital, mais é solicitada a sua parte na formação do patrimônio.
     Meus queridos, esta partida contábil não falha. Não tem caixa dois. Não tem o chamado “jeitinho” para acertar as contas. Não tem desvios financeiros. Não tem valores a fundo perdidos.
     Tem somente resultados que poderão ser: prejuízo ou lucro.
    Esta contabilidade é cristalina, não apresenta diferenças em suas contas. É justa. Deu lucro? Ótimo. É sinal que esta empresa (nós) está aplicando no mercado (dos sentimentos) muito bem.
     Deu prejuízo? Pena. Mas o Governo de nossas ações (DEUS) nos oferece a chance de refazer essas aplicações, é claro, como já aplicamos de forma indevida, certamente teremos  agora que refazer esse balanço com juros e atualizações monetárias (que são as dificuldades do caminho evolutivo).
     Sendo assim, não nos esqueçamos: a Empresa é nossa e, portanto, somos os responsáveis pelos seus investimentos e consecutivamente, pelos resultados.
     Vamos refletir sobre isso?

     Antonio Tadeu Minghin
     Centro Espírita Discípulos de Jesus
     Penápolis-SP




quarta-feira, 21 de novembro de 2012

PALESTRAS ESPÍRITAS EM VIDEO

DIVALDO PEREIRA FRANCO: PALESTRA EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO NO HOSPITAL ESPÍRITA BEZERRA DE MENEZES EM 154/11/2012

  DIVALDO PEREIRA FRANCO: PALESTRA EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO NO HOSPITAL ESPÍRITA BEZERRA DE MENEZES: EM BUSCA DE PAZ E  EQUILÍBRIO                                






                  ANETE GUIMARÃES NO ESPÍRITO SANTO
                                     
                 JOSÉ MEDRADO NA CIDADE DA LUZ NA BAHIA

AMIGOS DO PARANÁ EM VISITA A RUAL TEIXEIRA, EM FRANCA RECUPERAÇÃO

RUAL TEIXEIRA AGRADECE A HOMENAGEM DA FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO PARANÁ






MUITA LUZ E FORÇA QUERIDO AMIGO: RAUL TEIXEIRA

terça-feira, 13 de novembro de 2012

UM CONVITE ESPECIAL A VOCÊ: Informações: tadeuatm@yahoo.com.br



LEIAM COM ATENÇÃO ESTA NOTÍCIA



Caso de Routley é relatado em documentário exibido pela BBC nesta terça-feira na Grã-Bretanha

Paciente em estado vegetativo se comunica em ressonância
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Um canadense considerado em estado vegetativo há mais de uma década foi capaz de se comunicar com cientistas por meio de sua atividade cerebral monitorada em um exame de ressonância magnética. Scott Routley, de 39 anos, foi questionado durante um exame e foi capaz de relatar aos pesquisadores que não sentia dor.



Esta é a primeira vez que um paciente com danos cerebrais graves e sem capacidade de comunicação conseguiu dar respostas consideradas clinicamente relevantes.

Os médicos de Routley dizem que a descoberta significa que os manuais médicos precisam ser reescritos.

O caso do canadense é relatado em um documentário produzido pelo programa Panorama, da BBC, que vai ao ar na Grã-Bretanha na noite desta terça-feira (13). O programa acompanhou vários pacientes em estado vegetativo ou em estado mínimo de consciência na Grã-Bretanha e no Canadá por mais de um ano.
Mente consciente
Os pacientes em estado vegetativo saem do estado de coma para uma condição com períodos nos quais ficam acordados, com os olhos abertos, mas sem percepção de si mesmos ou do mundo exterior.

Routley sofreu danos cerebrais em um acidente de carro há 12 anos. Nenhum dos exames físicos desde então haviam mostrado sinal de consciência ou de habilidade para se comunicar.

Mas o neurocientista britânico Adrian Owen - que coordenou a equipe de pesquisadores no Instituto de Cérebro e Mente da Universidade de Western Ontario, no Canadá - diz que Routley claramente não está em estado vegetativo. 
"Scott foi capaz de mostrar que tem uma mente consciente e pensante. Nós o examinamos várias vezes e seu padrão de atividade cerebral mostra que ele está claramente escolhendo responder nossas questões. Acreditamos que ele saiba quem é e onde está", diz Owen.
"Perguntar a um paciente algo importante para ele tem sido nosso objetivo por anos. No futuro, podemos perguntar o que for possível para melhorar sua qualidade de vida. Podem ser coisas simples como o entretenimento que damos a eles ou a hora do dia em que eles são lavados e alimentados", observa.
Consciência
Os pais de Scott Routley dizem que sempre acreditaram que ele estava consciente e que conseguia se comunicar levantando um polegar ou movendo seus olhos. Mas isso nunca tinha sido aceito pelos médicos.
O neurologista Bryan Young, que cuidou de Routley por uma década, diz que os resultados dos novos exames alteraram todas as análises de comportamento que haviam sido feitas ao longo dos anos. "Eu fiquei impressionado e espantado com o fato de ele ter sido capaz de mostrar essas respostas cognitivas. Ele tinha o quadro clínico de um típico paciente vegetativo e não mostrava nenhum movimento espontâneo que parecesse significativo", diz.
Análises tradicionais de Routley, desde que ele deu as respostas nos exames de ressonância magnética, continuam a sugerir que ele esteja em estado vegetativo. Young diz que os textos médicos precisam ser atualizados para incluir a técnica de Owen.
Outro paciente canadense acompanhado pelo Panorama, Steven Graham, foi capaz de demonstrar que havia acumulado novas memórias após ter sofrido danos cerebrais. Graham responde "sim" ao ser questionado se sua irmã tem uma filha. Sua sobrinha nasceu após seu acidente de carro, há cinco anos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

GALERIA DE VIDEOS: REFLEXÕES E EXEMPLOS


O PODER DAS PALAVRAS


QUE MARAVILHA!


PARA A NOSSA REFLEXÃO: SÉRIO E IMPORTANTE








terça-feira, 25 de setembro de 2012

VAMOS ESTUDAR?

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

QUESTÃO: 909:
O Homem poderia sempre vencer as suas más tendências?
RESPOSTA:
Sim, e às vezes com pouco esforço,o que lhe falta é vontade.
Ah, como são poucos os que se esforçam!
QUESTÃO: 597:
Pois se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?
RESPOSTA:
Sim, e que sobrevive ao corpo
QUESTÃO: 80:
A criação dos Espíritos é permanente ou verificou-se apenas na origem dos tempos?
RESPOSTA:
É permanente, o que quer dizer que Deus jamais cessou de criar.

QUESTÃO: 121:
 Por que alguns Espíritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal?
RESPOSTA:
 Não tem eles o livrearbítrio? Deus não criou Espíritos maus; criou-os simples e ignorantes; ou seja, tão aptos para o bem quanto para o mal; os que são maus, assim se tornaram por sua vontade.

OS GRANDES VULTOS DO ESPIRITISMO

Deolindo Amorim (Baixa Grande, Bahia, 23 de janeiro de 1906 — Rio de Janeiro, 24 de abril de 1984) foi um jornalista, escritor e conferencista espírita brasileiro.

Colaborou no Jornal do Commercio e em praticamente toda a imprensa espírita do país.

Deolindo Amorim nasceu no seio de uma família pobre e católica, vindo a tornar-se presbiteriano fervoroso. Rompeu com a sua igreja e permaneceu muitos anos sem definição filosófica ou religiosa.

Mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do país. Graduou-se em Sociologia, pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, tendo feito, ainda, outros cursos de nível superior. Tornou-se jornalista e, posteriormente, funcionário público, tendo galgado elevada posição funcional no Ministério da Fazenda.

Um de seus três filhos é o jornalista Paulo Henrique Amorim.

O ativista espírita

Por volta de 1935, já no Rio de Janeiro, passou a frequentar o Centro Espírita Jorge Niemeyer, onde entrou em contato com o acervo da Doutrina Espírita, mostrando-se profundo admirador das obras de Léon Denis.

Já em 1939 idealizou e promoveu o I Congresso de Jornalistas e Escritores Espíritas, realizado na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro. A importância da iniciativa pode ser avaliada considerando-se que, no plano externo, iniciava-se a Segunda Guerra Mundial, e que, no plano interno, o Espiritismo era perseguido por setores da Igreja Católica e pela polícia do Estado Novo.

Também esteve ao lado de Leopoldo Machado na promoção do I Congresso de Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil (Rio de Janeiro, julho de 1948) e na criação do Conselho Consultivo de Mocidades Espíritas.

Privou da amizade de grandes vultos do Espiritismo no Brasil e no exterior, como, por exemplo, Carlos Imbassahy, Leopoldo Machado, Herculano Pires, Leôncio Correia e Humberto Mariotti.

Um dos mais ardorosos defensores das obras codificadas por Allan Kardec e profundo admirador de Léon Denis, foi presidente do Instituto de Cultura Espírita do Brasil e presidente de honra da Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas.

Levou o Espiritismo ao meio universitário, proferindo bela conferência no Instituto Pinel da Universidade do Brasil, focalizando o tema: "O Suicídio à luz do Espiritismo".
Em defesa do conceito de Espiritismo

Um dos problemas mais emergentes relativos ao bom entendimento da Doutrina Espírita, em meados do século XX, foi a constante tentativa de confundi-lo quer seja com o Candomblé, quer com a Umbanda, quer com as diversas doutrinas espiritualistas. As confusões eram muito grandes, principalmente com os cultos afro-brasileiros. A própria Federação Espírita Brasileira (FEB) pretendeu chamar de "Espiritismo" todas as práticas mediúnicas ou assemelhadas e de "Doutrina Espírita", os conceitos decorrentes da obra codificada por Allan Kardec.

Para dirimir dúvidas, lançando luz sobre o assunto, em 1947 Deolindo Amorim publicou "Africanismo e Espiritismo", obra onde deixa clara a inexistência de ligações filosóficas, práticas ou doutrinárias entre o Espiritismo e as correntes espiritualistas apoiadas na cultura africana, trazida pelo escravos e que se converteram em vários cultos de gosto popular.

Posteriormente, determinado a explanar didaticamente as bases da doutrina de Allan Kardec, escreveu "O Espiritismo e os Problemas Humanos" e o "O Espiritismo à Luz da Crítica", este último em resposta a um padre que escrevera uma obra criticando a Doutrina. Segui-se-lhes "Espiritismo e Criminologia", oriundo de uma conferência no Instituto de Criminologia da Universidade do Rio de Janeiro. Por fim, em 1958, lançou a obra "O Espiritismo e as Doutrina Espiritualistas", onde sem combater nenhuma corrente ou filosofia espiritualista, como a Teosofia, a Rosacruz, e as diversas seitas de origem asiática e africana, embora ressaltando eventuais coincidências de pontos filosóficos, simplesmente define, separa e identifica o que é o Espiritismo, mostrando a sua independência.

Sobre a questão religiosa

Sobre a questão religiosa no Espiritismo, a sua posição foi a mesma de Kardec. Citando as palavras do fundador, concluía que, como qualquer filosofia espiritualista, o Espiritismo tinha consequências religiosas, mas de forma alguma se tornava uma religião constituída.
A fundação do ICEB

Tendo existido, no Rio de Janeiro, a Faculdade Brasileira de Estudos Psíquicos a que pertenceu e foi seu último presidente, quando a instituição se tornou insubsistente Deolindo Amorim promoveu a criação do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB), fundado em 7 de dezembro de 1957 e por ele dirigido até sua desencarnação.

A questão da unificação do movimento

Quanto à questão da unificação do movimento, Deolindo Amorim nunca se ligou à Federação Espírita Brasileira, tendo mantido laços com a Liga Espírita do Brasil, entidade criada em 1927 por Aurino Barbosa Souto e da qual Deolindo Amorim foi o último 2º vice-presidente.

Em 1949, com a assinatura do "Pacto Áureo", a Liga Espírita do Brasil, que não tinha representatividade nacional, deixou de existir, transformando-se numa entidade federativa estadual. Atualmente, após várias denominações, é denominada União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro (USEERJ).

Deolindo foi contra o acordo, à época, referindo: "quando a Liga [Espírita do Brasil] aceitou o Acordo de 5 de outubro [de 1949], acordo que se denominou depois, Pacto Áureo, tomei posição contrária (...) votei contra a resolução, porque não concordei com o modo pelo qual se firmara esse documento. E o fiz em voz alta, de pé, na Assembleia, com mais doze companheiros que pensavam da mesma forma."




1835-1909
Nasceu em 6 novembro de 1835 e desencarnou em 19 de outubro de 1909.

Cientista universalmente conhecido pelos importantes trabalhos realizados no campo jurídico, desde muito cedo dedicou-se às letras.
Aos doze anos de idade, escreveu a obra intitulada "Grandeza e Decadência de Roma", que teve grande repercussão nos meios intelectuais de então.
Sobre a obra de Mazolo, grande psicólogo italiano, escreveu um artigo, que foi publicado num dos jornais italianos. Mazolo leu esse artigo e convidou Lombroso para ir à sua casa, pois desejava conhecer o novo escritor. Diante do menino, que contava apenas quatorze anos, ficou surpreendido, dada a sua inteligência precoce.
 Lombroso converteu-se ao Espiritismo depois de haver realizado experiências sobre a mediunidade de Eusápia Paladino, que lhe fora apresentada pelo professor Chiaia, de Nápoles.
Em uma das sessões com esta médium, assistiu à materialização do Espírito de sua própria mãe.
 Daí por diante, Lombroso não teve dúvidas quanto à sobrevivência e a comunicabilidade dos Espíritos.
 Escreveu várias obras, tanto no campo da Medicina, quanto no da Filosofia.
 Dentre elas, destacam-se a notável monografia "Antropologia Criminal", "L'Uomo di Gênio", "L'Uomo Delinqüente", além de outras sobre psicologia e psiquiatria.
 Sobre o Espiritismo, não podemos deixar de citar a "Pesquisa Sobre os Fenômenos Hipnóticos e Espíritas", através da qual relata todas as experiências realizadas, não só com Eusápia Paladino, como também com outros médiuns de efeitos físicos, como Elizabeth D'Esperance e Politi.

Fonte: ABC do Espiritismo de Victor Ribas Carneiro





Lombroso foi um dos maiores médicos criminalistas do século passado. Nasceu em Verona no dia 18 de novembro. Graduou-se em Medicina em Pavia, em 1858, onde recebeu grande influência do anatomista Panizza. Um ano depois de graduar-se em medicina obtém o diploma de cirurgia em Gênova. Aprimou seus conhecimentos em Viena com o clínico Skoda, e em Pádua com o médico Paolo Marzolo, cuja formação positivista haveria de exercer uma profunda influência sobre ele.

Aos vinte anos, com "A Loucura de Cardano", Lombroso já delineia os assuntos que vão torná-lo famoso: o contraste entre o gênio do homem e as teorias sobre a natureza degenerativa. Como oficial-médico escreve, em 1859, "Memória sobre as Feridas e as Amputações por Armas de Fogo", ainda hoje considerado um dos trabalhos mais originais da literatura médica italiana. A seguir é atraído, na Calábria, pelos problemas antropológicos e étnicos da região.

Em 1862, em Pavia, inicia um curso de psiquiatria e no ano seguinte transforma-o em curso de "clínica das doenças mentais e de antropologia". Suas freqüentes visitas ao hospital de doentes mentais, onde assiste gratuitamente pacientes, permitem-lhe aprofundar o estudo das relações entre gênio e neurose. "As idéias dos maiores pensadores arrebentam de improviso, desenrolam-se involuntariamente como os atos compulsivos dos maníacos", escreveu. No Congresso Internacional de Antropologia realizado em Milão, várias críticas foram levantadas contra a posição de Lombroso, mas foi reconhecido o seu pioneirismo na terapia com os doentes mentais: abrandamento racional do tratamento (até então intolerante), introdução de trabalho manual, conversações com gente de fora, diversões coletivas, diários escritos e impressos pelos próprios pacientes. Era um método novo, hoje empregado pela psicoterapia.

Em 1864, Lombroso ficou internacionalmente conhecido graças ao seu comentadíssimo livro "Gênio e Loucura", traduzido em vários idiomas e que exerce influência até hoje. Em 1867, escreve "Ações dos Astros e dos Cometas sobre a Mente Humana" e no ano seguinte "Relações entre a Idade, as Posições da Lua e os Acessos das Alienações Mentais", trabalhos recebidos com muitas reservas pelos demais cientistas do ramo. Psiquiatra e diretor do manicômio de Pádua nos anos de 1871 a 1876, Lombroso coleta dados suficientes para suas teorias. Do exame de centenas de doentes mentais e criminosos, ele chega à conclusão de que o criminoso é formado por alguma tendência básica inerente ao seu destino, e que as "sementes de uma natureza criminal" podem ser muitas vezes identificadas na criança. Acreditava, ainda, que o meio social, aliado às influências astrais, preparasse para a ação criminosa indivíduos cuja natureza fosse anti-social. Em 1876, ele vence o concurso para a cátedra de Higiene e Medicina Legal da Universidade de Turim e neste mesmo ano publica "O Homem Delinqüente", obra muito discutida na época.

Em 1882, em seu opúsculo "Estudo sobre o Hipnotismo", ele ridicularizava as manifestações espíritas mas, convidado pelo prof. Morselli a estudar melhor o assunto, participou de sessões com a médium Eusápia Palladino, convencendo-se da veracidade incontestável dos fatos. As pesquisas que fez com essa médium encontram-se no livro da sua autoria "Hipnotismo e Mediunidade".

As obras de Cesar Lombroso trouxeram-lhe fama, acenderam polêmicas e influenciaram muitos legisladores e escritores. Quando vai a Moscou, é em 1897, como participante do Congresso Psiquiátrico, conhece Tolstói, que sabia muito bem das suas idéias acerca do gênio e da loucura. Escritores como Emile Zola e Anatole France também sofreram sua influência. Entre os médicos, merece destaque Kraepelin, um dos maiores classificadores de doenças mentais, que sob a influência de Lombroso escreve acerca da abolição das penas. Legisladores de muitos países, inspirados em suas obras, propõem reformas das leis penais.
Lombroso, sempre fiel ao método experimental, legou aos espíritas um excelente acervo de esclarecimentos sobre a mediunidade e o vasto campo fenomenológico. Homem profundamente honesto defendeu a veracidade do Espiritismo até a sua morte, noticiada com destaque em todo mundo, no dia 19 de outubro de 1909.

Era o final da missão, que no seu caso, iniciada pelo avesso, da posição de ridículo para a de defensor sincero, haveria de fortalecer o movimento espírita pela sua prória inclusão em meio a seus pesquisadores e defensores.

Deus tem muitos caminhos para os homens. Para Lombroso, o caminho foi refazer o próprio camimho, ou seja, sedimentar aquilo que ele, por desconhecimento da realidade agredira, ao formular conceitos equivocados sobre o Espiritismo, retratando-se intimamente e publicamente a posteriori através do imenso trabalho que realizou.

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Cesare Lombroso foi um professor universitário e criminologista italiano, nascido a 6 de novembro de 1835, em Verona. Tornou-se mundialmente famoso por seus estudos e teorias no campo da caracterologia, ou a relação entre características físicas e mentais.

Lombroso tentou relacionar certas características físicas, tais como o tamanho da mandíbula, à psicopatologia criminal, ou a tendência inata de indivíduos sociopatas e com comportamento criminal. Assim, a abordagem de Lombroso é descendente direta da frenologia, criada pelo físico alemão Franz Joseph Gall no começo do século IX e estreitamente relacionada a outros campos da caracterologia e fisiognomia (estudo das propriedades mentais a partir da fisionomia do indivíduo). Sua teoria foi cientificamente desacreditada, mas Lombroso tinha em mente chamar a atenção para a importância de estudos científicos da mente criminosa, um campo que se tornou conhecido como antropologia criminal.

Lombroso estudou na Universidade de Pádua, Viena, e Paris e foi posteriormente (1862-1876) professor de psiquiatria na Universidade de Pavia e medicina forense e higiene (1876), psiquiatria (1896) e antropologia criminal (1906) na Universidade de Turim. Foi também diretor de um asilo mental em Pesaro, Itália.

A principal idéia de Lombroso foi parcialmente inspirada pelos estudos genéticos e evolutivos no final do século IX, e propõe que certos criminosos têm evidências físicas de um "atavismo" (reaparição de caracteristicas que foram apresentadas somente em ascendentes distantes) de tipo hereditário, reminiscente de estágios mais primitivos da evolução humana. Estas anomalias, denominadas de estigmas por Lombroso, poderiam ser expressadas em termos de formas anormais ou dimensões do crânio e mandíbula, assimetrias na face, etc, mas também de outras partes do corpo. Posteriormente, estas associações foram consideradas altamente inconsistentes ou completamente inexistentes, e as teorias baseadas na causa ambiental da criminalidade se tornaram dominantes.

Apesar da natureza inconsistente destas teorias, Lombroso foi muito influente na Europa (e também no Brasil) entre criminologistas e juristas. Entre seus livros estão: L'Uomo Delinquente (1876; "O Homem Criminoso") e Le Crime, Causes et Remèdes (1899; O Crime, Suas Causas e Soluções).

Lombroso morreu em 19 de outubro de 1909, em Turim, Itália.

A biografia acima foi copiada do site www.epub.org.br/cm do Núcleo de Informática Biomédica da Unicamp






Carlos Juliano Torres Pastorino nasceu em 4 de novembro de 1910. Desde criança demonstrou inusitada inteligência e vocação para a vida eclesiástica. Em 1924 recebeu os diplomas de Geografia, Corografia, Cosmografia e de Bacharel em Português, do Colégio Dom Pedro II no Rio de Janeiro. Viajou para Roma a fim de cursar o seminário, onde, em 1929, foi diplomado pelo Cardeal Basílio Pompili, para a Ordem Menor de Tonsura. Formou-se em Filosofia e Teologia no ano de 1932, sendo ordenado sacerdote em 1934.
Abandonou a vida eclesiástica da Igreja Católica Romana quando, em 1937, aguardava promoção para diácono. Surpreendeu-se com a recusa do Papa Pio XII em receber o Mahatma Gandhi em seu tradicional traje branco. O Colégio Cardinalício exigia que o grande líder da Índia vestisse casaca, para não quebrar a tradição das entrevistas dos Chefes de Estado. O Professor Pastorino, diante dessa recusa, imaginou que se Jesus visitasse o Vaticano, não se entrevistaria com o Papa, pois vestia-se de forma similar a Gandhi.
Regressou ao Brasil, onde desenvolveu intensa atividade pedagógica.
Torres Pastorino foi homem de cultura extraordinária. Escritor, jornalista, teatrólogo, radialista, historiador, filólogo, professor, poliglota, poeta e compositor. Falava fluentemente vários idiomas, legando-nos imensa obra cultural, com numerosos livros didáticos. Traduziu obras de vários autores ingleses, franceses, espanhóis, italianos, clássico latinos e gregos.
Recebeu vários prêmios, registros e medalhas em reconhecimento aos serviços prestados na área da cultura. Foi professor de Latim e Grego, de Psicologia, Lógica e História da Filosofia. Como jornalista atuou intensamente tanto em jornais como em associações de jornalistas e artistas.
Quando, em 31 de maio de 1950, terminava a leitura de "O Livro dos Espíritos", declarou-se espírita, data que guardava com muito carinho. Passou a freqüentar o Centro Espírita Júlio César, no Grajaú, o qual foi sua escola inicial de Espiritismo.
Fundou o "Grupo de Estudos Spiritus", onde nasceu o "Lar Fabiano de Cristo", o boletim "SEI" (Serviço Espírita de Informação), a "CAPEMI", a "Livraria e Editora Sabedoria" e a "Revista Sabedoria". Desta forma, prestou relevantes serviços à Doutrina, no terreno cultural.
O Professor Torres Pastorino realizou muitas palestras em vários Estados. Participou ativamente de Congressos, Simpósios, Cursos e tantos outros eventos. Foi o Vice-Presidente do VI Congresso de Jornalistas e Escritores, de 1976, em Brasília, e um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas (ABRAJEE); fez-se sócio de inúmeras instituições espíritas e colaborou com a imprensa espírita nacional e do exterior.
De sua vasta bibliografia espiritualista, destacam-se "Minutos de Sabedoria", que bate todos os recordes de vendagem, "Sabedoria do Evangelho" e "Técnicas da Mediunidade".
A grande aspiração do Professor Pastorino era criar uma Universidade Livre, para ensinar Sabedoria. Em 1973 recebeu, por doação do Dr. Miguel Luzz, um terreno em Brasília, onde iniciou as obras da Universidade. Já com algumas dependências construídas, chegou a realizar vários cursos, estando a sua Biblioteca em pleno funcionamento, com seus 8.000 volumes, todos voltados para a cultura geral e o bem-estar da Humanidade.
O Professor Carlos Juliano Torres Pastorino desencarnou em 13 de junho de 1980, em Brasília - DF.













Silvino Canuto Abreu nasceu em Taubaté, Estado de São Paulo, no dia 19 de janeiro de 1892.

Formou-se em Farmácia aos 17 anos de idade, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na qual também concluiu, em 1923, o curso de Medicina.

Bacharelou-se, ainda, em Direito da Universidade do Rio de Janeiro.

Dr. Canuto logo cedo acostumou-se aos fenômenos mediúnicos, encarando-os como fatos normais em sua vida já que, segundo ele, toda a família era constituída de médiuns.

Entretanto, foi levado definitivamente ao Espiritismo pelos fenômenos provocados, em sua própria casa, pelo espírito Afonso Moreira, com o concurso da médium Maria Leopoldina Barros, conhecida como Mariquita.

Afonso Moreira fora antigo amigo de seu pai e manifestava-se assobiando, conversando baixinho (fenômeno de voz direta), provocada batidas nas portas e janelas, além de aumentar ou diminuir a luz do lampião de gás de xisto betuminoso, comum nas casas daquela época.

Tais fenômenos duram aproximadamente cinco meses, após o que o Espírito Afonso Moreira despediu-se, informando que ia ser levado para um lugar que desconhecia.

Entretanto, ainda uma vez manifestou-se, abrindo a porteira do curral e libertando o gado que lá estava, em virtude de ter ficado bastante zangado com a irmã do Dr. Canuto que, ouvindo-o bater na porta não a abriu, embora sabendo que se trata dele. Dr. Canuto Abreu possuía vasta cultura e sua biblioteca, especializada em metapsíquica, parapsicologia e assuntos correlatos, composta por mais de 10.000 volumes, é o atestado veemente da sua cultura.

Na esfera teológica, empreendeu entre outros trabalhos, a versão direta dos Evangelhos gregos, tomando por base o mais antigo manuscrito do Novo Testamento.


Pesquisou nas bibliotecas do Museu Britânico, do Vaticano e na Biblioteca Nacional de Paris. 
Profundo conhecedor do Espiritismo no Brasil e no mundo, escreveu, quando ainda circulava a revista” Metapsíquica”, vários artigos abordando fatos ocorridos no Brasil, detendo-se com profundeza de detalhes na atuação do Dr. Bezerra de Menezes.

Em 1957, quando da comemoração do primeiro centenário de “O Livro dos Espíritos”, o Dr. Canuto Abreu fez publicar, em edição bilíngüe, referida obra, tal qual foi lançada pelo Codificador.

O Espiritismo muito lhe deve pelo muito que fez em favor da divulgação dos seus postulados e pelo incomparável esforço em favor das pesquisas que formam sua parte histórica. Dr. Silvino Canuto Abreu desencarnou na cidade de São Paulo, no dia 2 de maio de 1980.

“Seu desencarne representa uma lacuna nas fileiras do Espiritismo, difícil de ser preenchida, a não ser com a profunda saudade que ele deixou no coração de seus familiares e amigos”.

BIBLIOGRAFIA: Anuário Espírita 1981 Folha Espírita – Julho de 1980
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Arthur Conan Doyle
Segundo escreveu o saudoso Prof. José Herculano Pires, prefaciando a obra de Arthur Conan Doyle, "História do Espiritismo", é um nome conhecido e lido no mundo inteiro.
Dotado Conan Doyle de fértil imaginação, comunicabilidade natural de seu estilo, a espontaneidade de suas criações tornaram-no um escritor apreciado e amado por todos os povos.
Em nosso país a série Sherlock Holmes, a série Ficção Histórica e a série Contos e Novelas Fantásticas aqui estão para comprovar a afirmação feita em favor do extraordinário escritor.
Entretanto, é bom que se diga que ele não apenas se destacou naquelas linhas compostas com três séries, pois além de historiador, pregou o uso de métodos científicos na pesquisa policial, destacou-se também como um lúcido escritor espírita em todo o mundo, revelando notável compreensão do problema espírita in-totum (como ciência, filosofia e religião).
Então, além daquelas séries enumeradas no início destas considerações existem mais duas séries: a de História e a do Espiritismo.
Ao ser lançada a primeira edição da obra "História do Espiritismo", a revista inglesa "Light" destacou o equilíbrio e a imparcialidade com que o assunto foi abordado. Uma extensa Nota assinada por D.N.G. destacou que os críticos haviam sido "agradavelmente surpreendidos", porque Conan Doyle, conhecido como ardoroso propagandista do Espiritismo, fora de uma imparcialidade a toda prova. E o articulista da revista "Light" continuava: "Uma obra de história, escrita com preconceitos favoráveis ou contrários, seria, pelo menos, antiartística, pecado jamais cometido pelo autor de - The White Company -, em nenhum de seus trabalhos".
O próprio Autor define aquele critério ao falar do desejo de contribuir para que o Espiritismo tivesse sua história e o objetivo da obra não era o de fazer propaganda de suas convicções, mas o de historiar o movimento espírita. Daí, colocar-se imparcial e serenamente como observador dos fatos que se desenrolam aos seus olhos, através do tempo e do espaço. (Ipsis litteris).
Reconhecendo a magnitude e amplitude do trabalho que se propôs realizar pediu auxílio a outras pessoas e encontrou em Mrs. Leslie Curnow uma dedicada e eficiente colaboradora e com essa ajuda prosseguiu investigações até concluir a obra.
Reconheceu não haver realizado um trabalho completo porque não dispunha de recursos necessários e tempo, mas, com satisfação verificou que fez o que era possível no momento, diante da enorme extensão e complexidade do assunto, além das condições de dificuldades do próprio movimento espírita da época. Arthur Conan Doyle nasceu em 22 de maio de 1859, em Edimburgo, faleceu em 7 de julho de 1930, em Cowborough (Susex), após viver 71 anos bem proveitosos.
Em junho de 1887 escreveu uma carta ao Editor da revista "Lìght" explicando as razões de haver se convertido ao Espiritismo. Tal carta foi publicada na edição de 2 de julho de 1887 da referida revista e republicada na edição de 27 de agosto de 1927. Em 15 de julho de 1929 a "Revista Internacional do Espiritismo", de Matão, São Paulo, dirigida por Cairbar Schutel, publicou no Brasil a primeira tradução integral daquela carta, documento importante, onde o jovem médico em 1887 revelava ampla compreensão do Espiritismo e a importância da Mensagem que a Doutrina trazia para o mundo inteiro.
Conan Doyle ainda escreveu um pequeno livro traduzido por Guillon Ribeiro e sob o título "A Nova Revelação", que descreve em detalhes como se deu sua conversão. Outras obras doutrinárias de grande mérito, revelando perfeito entendimento do problema religioso do Espiritismo, afirmando a condição essencialmente psíquica da religião espírita, "A Religião Psíquica".
A doutrina da reencarnação determinou o aparecimento de uma divergência entre aquilo que se estabeleceu chamar Espiritismo Latino e Espiritismo Anglo-Saxão. Estes, particularmente os ingleses e americanos, embora aceitassem a Doutrina Espírita não admitiam o Princípio Reencarnacionista e tal motivou os ataques e críticas ao Espiritismo. Embora a resistência mantida na Inglaterra e nos Estados Unidos contra o Princípio Reencarnacionista, Conan Doyle e outros espíritas americanos e ingleses, de renome, admitiam a reencarnação.
Na obra "A Nova Revelação", Conan Doyle declara que "muitos estudiosos têm sido atraídos ao Espiritismo, uns pelo aspecto religioso, outros pelo científico, mas, até agora ninguém tentou estabelecer a exata relação que existe entre os dois aspectos do problema". Tal foi escrito entre 1927 e 1928, sessenta anos após a desencarnação de Kardec.
Sabemos que Kardec definiu e solucionou aquele problema ao apresentar o Espiritismo como Doutrina sob tríplice aspecto: filosófica, científica e religiosa.
E Conan Doyle identificava-se com o pensamento de Kardec, aguardando que a codificação kardequiana aparecesse, sem perceber que ela já existia e estava ao seu lado, para lá do Canal da Mancha.


FOI O MELHOR METRO QUE MEDIU KARDEC
JESEG

Biografia

Conforme se vê na biografia J. Herculano Pires, o apóstolo de Kardec[1], é filho do farmacêutico José Pires Corrêa e de sua esposa, a pianista Bonina Amaral Simonetti Pires. Fez os seus primeiros estudos em AvaréItaí e Cerqueira César. Desde cedo revelou vocação literária, tendo composto aos 9 anos de idade, o seu primeiro soneto, um decassílabo sobre o Largo São João, da sua cidade natal. Aos 16 anos publicou o seu primeiro livro, Sonhos azuis (contos) e, aos 18 anos, o segundo, Coração (poemas livres e sonetos).
Colaborou em jornais e revistas da época, tanto do estado de São Paulo quanto do Rio de Janeiro. Teve vários contos publicados, com ilustrações, na Revista Artística do Interior, que promoveu dois concursos literários, um de poemas, pela sede, em Cerqueira César, e outro de contos, pela Seção de Sorocaba.
Em 1940 transferiu-se para Marília, onde adquiriu o jornal Diário Paulista, que dirigiu por seis anos. Com José Geraldo VieiraZoroastro GouveiaOsório Alves de CastroNichemja SigalAnthol Rosenfeld e outros promoveu, através do jornal, um movimento literário na cidade e publicou Estradas e ruas (poemas) que Érico Veríssimo e Sérgio Millietcomentaram favoravelmente.
Em 1946 mudou-se para São Paulo, onde lançou o seu primeiro romance O caminho do meio, que mereceu críticas elogiosas de Afonso SchmidtGeraldo Vieira e Wilson Martins.
Em sua carreira, foi ainda repórter, redator, secretário, cronista parlamentar e crítico literário dos Diários Associados, tendo exercido essas funções por cerca de trinta anos.
Graduado em filosofia pela Universidade de São Paulo, publicou uma tese existencial: O Ser e a Serenidade.

Obra

No livro Expoentes da codificação espírita[2] vê-se que Herculano Pires é autor de oito dezenas de livros, distribuídos por filosofia, ensaios, histórias, psicologiaparapsicologia eespiritismo, vários em parceria com o médium Francisco Cândido Xavier, e é considerado um dos autores mais críticos dentro do movimento espírita. A sua linha de pensamento era forte e racional, combatendo os desvios e mistificações, sendo a maior característica do conjunto de suas obras a luta por demonstrar a consistência do pensamento espírita e defender a valorização dos aspectos crítico e investigativo originalmente propostos por Kardec.
Em seus ensaios nota-se a preocupação em combater interpretações e traduções deturpadas das obras de Kardec, inclusive aquelas que surgiram no seio do movimento espírita brasileiro ao longo do século XX.
Defendia o conceito de pureza doutrinária, segundo o qual era preciso preservar a doutrina de todo tipo de influência místicaesotérica ou meramente cultural religiosa.
Em monografias filosóficas, a exemplo de Introdução à filosofia espírita, propõe-se a esclarecer a contribuição do espiritismo para o desenvolvimento da filosofia, em especial no tocante ao sentido da existência humana. Contrapõe-se frontalmente ao niilismo e ao existencialismo materialista.
A maioria das suas obras é atualmente publicada pela Editora Paideia (de sua família), a qual fundou na década de 1970 para publicar suas obras.
A sua tradução dos livros de Kardec tem sido editada por várias editoras, a exemplo da Livraria Allan Kardec Editora (LAKE), da Editora Argentina e da Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP).

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Títulos publicados

Em ordem alfabética
  • A ciência espírita e suas implicações terapêuticas
  • A obsessão - o passe - a doutrinação
  • A pedra e o joio
  • Adão e Eva
  • Agonia das religiões
  • Arigó – vida, mediunidade e martírio
  • Astronautas do além (em parceria com Chico Xavier)
  • Barrabás (trilogia "A conversão do mundo")
  • Chico Xavier pede licença (em parceria com Chico Xavier)
  • Concepção existencial de Deus
  • Curso dinâmico de espiritismo
  • Diálogo dos vivos (em parceria com Chico Xavier)
  • Educação para a morte
  • Evolução espiritual do homem na perspectiva da doutrina espírita
  • Introdução à filosofia espírita
  • Lázaro (trilogia "A conversão do mundo")
  • Madalena (trilogia "A conversão do mundo")
  • Mediunidade
  • Metrô para outro mundo
  • Na era do espírito (em parceria com Chico Xavier)
  • Na hora do testemunho (em parceria com Chico Xavier)
  • O caminho do meio
  • O centro espírita
  • O espírito e o tempo
  • O menino e o anjo
  • O mistério do ser ante a dor e a morte
  • O reino
  • O sentido da vida
  • O ser e a serenidade
  • O túnel das almas
  • O verbo e a carne – duas análises do roustainguismo (em parceria com Júlio de Abreu Filho)
  • Os filósofos
  • Os sonhos de liberdade
  • Os sonhos nascem da areia
  • Os três caminhos de Hécate
  • Parapsicologia hoje e amanhã
  • Pedagogia espírita
  • Pesquisa sobre o amor
  • Poesias
  • Relação espírito-corpo
  • Revisão do cristianismo
  • Um Deus vigia o planalto
  • Vampirismo
Além dos seus livros, Herculano traduziu e/ou comentou as seguintes obras de Allan Kardec (Editora LAKE):