OS DISCÍPULOS DE JESUS

OS DISCÍPULOS DE JESUS
"Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem." Jesus"

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER:Ramiro Gama


A Lição da Obediência
Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama
    De novo reunido à família, Chico Xavier, fosse por que tivesse retornado à tranqüilidade ou por que houvesse ingressado na escola, não mais viu o Espírito da mãezinha desencarnada.
    Entretanto, passou a ter sonhos...
    À noite, no repouso, agitado, levantava-se do leito, conversava com interlocutores invisíveis e, muitas vezes, despertava pela manhã, trazendo notícias de parentes mortos, contando peripécias ou narrando sucesso que ninguém podia compreender.
    João Cândido Xavier, a conselho da segunda esposa, que se interessava materialmente pela criança, conduziu Chico ao padre Sebastião Scarzelli, antigo vigário da cidade de Matozinho, nas vizinhanças de Pedro Leopoldo, que depois de ouvir o menino, por algumas vezes, em confissão, aconselhou João Cândido a impedir que o rapazelho lesse jornais, livros ou revistas.
    Chico devia estar impressionado com más leituras - dizia o sacerdote - aqueles sonhos não eram outra coisa senão perturbações, porque as almas não voltam do outro mundo.
    Intrigado por ver que ninguém dava crédito ao que via e escutava, em sonhos, certa noite, rogou, em lágrimas, algumas explicações da progenitora de quem não se esquecia.
    Dona Maria João de Deus, apareceu-lhe no sonho, calma e bondosa, e o Chico deu-lhe a conhecer as dificuldades em que vivia.
    Ninguém acreditava nele. - clamou.
    Mas o conselho maternal veio logo.
    - Você não deve exasperar-se. Sem humildade, é impossível cumprir uma boa tarefa.
    - Mas, mamãe, ninguém acredita em mim...
    - Que tem isso, meu filho?
    Mas eu digo a verdade.
    - A verdade é de Deus, e Deus sabe o que faz, - disse a generosa entidade.
    Chico, porém, choramingou:
    - Não sei se a senhora sabe, papai e o padre estão contra mim... Dizem que estou perturbado...
    Dona Maria abraçou-o e disse:
    - Modifique seus pensamentos. Você á ainda uma criança e uma criança indisciplinada cresce com a desconfiança e com a antipatia dos outros.
    Não falte ao respeito para com seu pai e para com o padre. Eles são mais velhos e nos desejam todo o bem. Aprenda a calar-se. Quando você lembrar alguma lição ou alguma experiência recebidas em sonho, fique em silêncio. Se for permitido por Jesus, então, mais tarde virá o tempo que você poderá falar. Por enquanto, você precisa aprender a obediência para que Deus, um dia, conceda ao seu caminho a confiança dos outros...
    Desde essa noite, Chico calou-se e Dona Maria João de Deus passou algum tempo sem fazer-se visível.



Tenha paciência meu filho
Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama

    Quando D. Maria João de Deus desencarnou, em 29 de setembro de 1915, Chico Xavier, um de seus nove filhos, foi entregue aos cuidados de Dona Rita de Cássia, velha amiga e madrinha da criança.
    Dona Rita, porém, era obsidiada e, por qualquer bagatela, se destemperava irritadiça.
    Assim é que o Chico passou a suportar, por dia, várias surras de varas de marmeleiro, recebendo, ainda, a penetração de pontas de garfos no ventre, porque a neurastênica e perversa senhora inventara esse estranho processo de torturar.
    O garoto chorava muito, permanecendo horas e horas, com os garfos dependurados na carne sanguinolenta e corria para o quintal, a fim de desabafar e, porque a madrinha repetia, nervosa:
    - Esse menino tem o diabo no corpo!
    Um dia, lembrou-se a criança de que a Mãezinha orava sempre, todos os dias, ensinando-o a elevar o pensamento a Jesus e sentiu falta da prece que não encontrava em seu novo lar.
    Ajoelhou-se sob velhas bananeiras e pronunciou as palavras do Pai Nosso que aprendera dos lábios maternais.
    Quando terminou, oh! maravilha!
    Sua projenitora, Dona Maria João de Deus, estava perfeitamente viva ao seu lado.
    Chico que ainda não lidara com as negações e dúvidas dos homens, nem por um instante pensou que a Mãezinha tivesse partido para as sombras da morte.
    Abraçou-a, feliz, e gritou:
    - Mamãe, não me deixe aqui... Carregue-me com a senhora...
    - Não posso, - disse a entidade, triste.
    - Estou apanhando muito, mamãe!
    Dona Maria acariciou-o e explicou: - Tenha paciência, meu filho. Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar.
    - Mas, - tornou a criança - minha madrinha diz que eu estou com o diabo no corpo...
    - Que tem isso? Não se incomode. Tudo passa e se você não mais reclamar, se você tiver paciência, Jesus ajudará para que estejamos sempre juntos.
    Em seguida, desapareceu. O pequeno, aflito, chamou-a em vão.
    Desde esse dia, no entanto, passou a receber o contato de varas e garfos sem revolta e sem lágrimas.
    - Chico é tão cínico - dizia Dona Rita, exasperada, - que não chora, nem mesmo a pescoção. Porque a criança explicava ter a alegria de ver sua mãe, sempre que recebia as surras, sem chorar, o pessoal doméstico passou a dizer que ele era um "menino aluado".
    E, diáriamente, à tarde, com os vergões na pele e com o sangue a correr-lhe em pequeninos filetes do ventre o pequeno seguia, de olhos enxutos e brilhantes, para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, sob as velhas árvores, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração.
    Assim começou a luta espiritual do médium extraordinário que conhecemos.


    Muita Paz

    Gilberto Adamatti





Temporária Separação
Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama
    Continuando os "desequilíbrios" do Chico, em janeiro de 1920, João Cândido Xavier, seu pai, pediu ao padre que fosse mais exigente com a criança, no confessionário.
    O sacerdote concordou com a sugestão...
    Quando o vigário lhe ouvia as referências sobre as rápidas entrevistas com Dona Maria João de Deus, desencarnada desde 1915, falou-lhe francamente.
    - Não meu filho. Isso não pode ser. Ninguém volta a conversar depois da morte. O demônio procura perturbar-lhe o caminho...
    - Mas, padre, foi minha mãe quem veio...
    - Foi o demônio.
    Severamente repreendido pelo vigário, o menino calou-se, chorando muito.
    O Sr. João Cândido Xavier, católico de Santa Luzia do Rio das Velhas deu razão ao padre.
    Aquilo só podia ser o demônio.
    Chico refugiou-se no carinho da madrasta, alma compreensiva e boa.
    E Dona Cidália lhe disse:
    - Você não deve chorar, meu filho. Ninguém pode dizer que você esteja perseguido pelo demônio. Se for realmente sua mãezinha quem veio conversar com você, naturalmente isso acontece porque Deus permite. E Deus estando no assunto ajudará para que isso tudo fique esclarecido.
    À noite desse dia, Chico sonhou que reencontrava a progenitora.
    Dona Maria abraçou-o e recomendou:
    - Repito que você deve obedecer a seu pai e ao vigário. Não brigue por minha causa. Por algum tempo você não mais me verá, contudo, se Jesus permitir, mais tarde estaremos mais juntos. Não perca a paciência e esperemos o tempo.
    Chico acordo em prantos.
    Enxugou os olhos, resignado.
    E, por sete anos consecutivos não mais teve qualquer contato pessoal com a mãezinha, para somente receber-lhe as mensagens psicografadas em 1927 e revê-la, de novo, pela vidência mais clara e mais segura, em 1931, quando mais familiarizado com o serviço mediúnico, ao qual se entregara de coração.


Indispensável
Livro: Lindos Casos de Chico Xavier - 51
Ramiro Gama
    O Chico recebera um convite reiterado para assistir a uma solenidade que um Centro EspÍrita de determinado lugar, um pouco distante de Belo Horizonte, realizaria.
    A carta-convite, assinada pelos diretores do Centro, contendo encômios à pessoa do médium, dizia que sua presença era indispensável...
    O Chico pensou muito naquele adjetivo, sentiu a preocupação dos irmãos distantes, ansiosos pela sua presença.
    Certamente iria realizar uma grande missão. E não relutou mais.
    Junto ao seu bondoso chefe, justificou sua ausência por dois dias, comprou passagem na Central do Brasil e partiu.
    No meio da viagem, quando já sonhava com a chegada, antessentindo a alegria dos irmãos, Emmanuel lhe aparece e diz:
    - Então, você se julga INDISPENSÁVEL e, por isto, rompeu todos os obstáculos e viaja assim como quem, por isto mesmo, vai realizar uma importante Tarefa... Já refletiu, Chico, que o serviço do ganha-pão é indispensável a você? Pense bem...
    O Chico pensou... E, na próxima estação, desceu do trem e tomou outro de volta...
    A lição foi compreendida.
    Seus irmãos de mais longe, com seu não comparecimento, compreenderam-na também...


    Vão desejo dar coices
    Livro: Lindos Casos de Chico Xavier - 52
    Ramiro Gama


      Alguém aconselhou ao Chico sair por uns tempos de Pedro Leopoldo para descansar, arejar as idéias e gozar um pouco a vida.
      Esta foi a sua resposta, que vale também por uma lição:
      - Não posso sair daqui. Neste abençoado lugar, vivi como um burro bem vigiado e por isso meus coices são bem controlados...
      Mas, se sair, vou dar coices a torto e a direito...
      Não. Deixem o burro preso e feliz onde está...

      Conversa ou Trabalho
      Livro: Lindos Casos de Chico Xavier - 54
      Ramiro Gama
        Numa singela sala residencial, em Pedro Leopoldo, a conver­sação ia animada.
        Muitos assuntos.
        Muitas referências.
        A palestra começara às cinco da tarde e o relógio anunciava onze da noite.
        Chico ia começar uma variação de tema, quando viu Emmanuel a chamá-lo para o interior doméstico.
        O Médium pediu licença e foi atender.
        - Você sabe que hoje temos a tarefa do livro em recepção e já estamos atrasados... - falou o amigo espiritual.
        - É verdade, - concordou o Chico - entretanto, tenho visitas e estamos conversando.
        - Sem dúvida - considerou o Guia - compreendemos a oportunidade de uma a duas horas de entendimento fraterno para atender aos irmãos sem objetivo, porque, às vezes, através da bana­lidade, podemos algo fazer na sementeira de luz... Mas não enten­do, seis horas a fio de conversação sem proveito.
        O Médium nada respondeu.
        Indeciso, deixara correr os minutos, quando Emmanuel lhe disse:
        - Bem, eu não disponho de mais tempo. Você decide. Con­verse ou trabalhe.
        Chico não mais vacilou.
        Deixou a palestração que prosseguia, cada vez mais acesa na sala e confiou-se à tarefa que o aguardava com a assistência gene­rosa do benfeitor espiritual.

      Dom Negrito
      Livro: Lindos Casos de Chico Xavier - 61
      Ramiro Gama
        Este é o nome de um cãozinho preto, luzidio, simpático, para não dizermos espiritualizado, que, recente e espontâneamente, aparece as sessões públicas do “LUIZ GONZAGA”: chega, vagarosa e respei­tosamente, dirige-se para o canto em que está o Chico e ali fica, co­mo em estado de concentração e prece, até ao fim dos trabalhos.
        A dona do D. Negrito encontrou-se com Chico e lhe disse:
        - Imagine, Chico, o Negrito às segundas e sextas-feiras desapa­rece das 20 às 2 horas da madrugada. E, agora, há pouco, é que sou­be para onde vai: às sessões do “LUIZ GONZAGA”.
        Isto tem graça. Ele, que é um cão, consegue vencer os obstáculos e procurar os bons ambientes e eu, que sou sua dona, por mais que me esforce, nada consigo...
        E o Chico, como sempre útil e bom, a consola:
        - Isto tem graça e é uma bela lição. Mas, não fique desanima­da por isto; Dom Negrito vem buscar e leva um pouquinho para sua dona e um dia há de trazê-la aqui. Jesus há de ajudar.
        Os tempos estão chegados, é uma verdade. Até os cães estão dando lições e empurrões nos seus donos, encaminhando-os com seus testemunhos, à Vereda da Verdade, por meio do Espiritismo, que esclarece, medica, consola e salva.

        Aviso oportuno
        Livro: Lindos Casos de Chico Xavier - 54
        Ramiro Gama


          Um grupo de irmãos, reunidos em estudos doutrinários, solicitou de Emmanuel um conselho sobre o melhor modo de evitar a conversação viciosa e inútil.
          E o Amigo espiritual respondeu por intermédio do Chico:
          - Vocês observem qual é o rendimento espiritual da palestração. Quando tiverem gasto 40 a 60 minutos de palavras em assuntos que não digam respeito à nossa própria edificação espi­ritual, através de nossa melhoria pelo estudo ou de nossa regenera­ção pessoal com Jesus, façam silêncio, procurando algum serviço, porque, pela conversação impensada, a sombra interfere em nosso prejuízo, arrojando-nos facilmente à calúnia e à maledicência.
          Estendemos aos nossos leitores este aviso oportuno.
          As aparências enganam
          Livro: Lindos Casos de Chico Xavier - 55
          Ramiro Gama
            Alguns companheiros conversavam furiosamente, em Pedro Leopoldo, sobre certo político.
            A coisa devia ser assim.
            Devia ser de certo modo.
            O homem era a perversidade em pessoa.
            Prometera isso e fizera aquilo.
            Um dos irmãos dirigiu-se ao Médium e perguntou:
            - Que diz você, Chico? Temos alguma referência dos Amigos Espirituais sobre o caso?
            O interpelado pretendia responder, mas no justo momento, em que ia emitir a sua opinião, ouviu a voz de Emmanuel sussurrar-lhe, segura, aos ouvidos:
            - Cale a sua boca. Você nada tem a ver com isso.
            O Médium ruborizou-se e o grupo, em torno, verificou que o Chico não conseguia responder, apesar do desejo de externar-se.
            Alguém ponderou que ele deveria estar mal e rodearam-no, em oração, dando-lhe passes.
            A reunião dispersou-se.
            Não foram poucos os que, estranhando o caso, afirmaram em surdina que o Chico parecia francamente um pobre obsidiado.
            Mas o fato é que a sombra da maledicência não lhe penetrou o espírito e nem lhe prejudicou, por isto, o clima de elevação, fruto de jejum e oração, em que deve viver, em que vive.
            Caso digno de ser seguido por todos que zelam pela vitória de seu dia, policiando o que lhes sai dos lábios...
            Sábia resposta
            Livro: Lindos Casos de Chico Xavier - 56
            Ramiro Gama
              Há tempos, Chico passou a freqüentar certa casa de pessoas amigas, mais que de costume.
              E essa casa, que se rodeava de muitos observadores, não era vista com bons olhos.
              - Chico não devia entrar ali - diziam uns.
              - Aquela gente é perigosa - clamavam outros.
              A coisa ia nesse ponto, quando um irmão lembrou ao Chico a inconveniência a que se expunha.
              O Médium, muito preocupado, em prece, expôs a Emmanuel o que se passava e perguntou-lhe:
              - O senhor acha então que não devo entrar lá?
              E o protetor, sorrindo, deu-lhe esta sábia resposta:
              - Você pode entrar lá quando quiser. Somente desejo saber se você pode sair.

           

       

REFLEXÕES
























sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

RUAL TEIXEIRA E DIVALDO P. FRANCO NA MANSÃO DO CAMINHO EM 31/12/12

               RECENTE NOTÍCIA DO NOSSO QUERIDO IRMÃO RAUL TEIXEIRA