Quem deve te amar mais? O outro ou você mesmo?
A forma como você se relaciona com o outro diz muito sobre como você se relaciona com você mesmo.
Em consultório é comum escutar das pessoas a demanda de insatisfação sobre o relacionamento que estão vivendo.Os relatos costumam se basear na forma como o OUTRO se comporta, no quão o OUTRO não está dentro dos padrões desejados e, consequentemente, que o OUTRO não oferta as respostas comportamentais esperadas.
Muitas vezes, ao questionar o cliente sobre a participação dele neste processo, ele fica surpreso e não sabe dizer como se posiciona. Quando tem consciência sobre seu próprio comportamento, não consegue explicar e compreender porque adota determinadas posturas.
De fato, o autoconhecimento é uma estrada que nem todos percorrem. Por isso é tão comum encontrarmos pessoas focadas nas ações do outro e pouco – ou nada – focadas na sua própria forma de agir.
Acontece que todos nós somos parte integrante e ativa de qualquer relação que tenhamos. E se desejamos respostas diferentes, precisamos agir de forma diferente. Quando não se está satisfeito com o relacionamento que se tem, ao invés de tentar enquadrar o outro de acordo com as suas expectativas, pare para pensar em como você se posiciona e se comporta nesta relação. Isso vai dizer muito sobre a forma como você se posiciona e se comporta em relação a você mesmo.
Em verdade, o “amor” que aceitamos receber do outro é da medida do afeto que nós achamos que merecemos receber. Quem se ama pouco, acha que merece pouco e se contenta com este pouco, mesmo que esteja insatisfeito por isso. Afinal, este pouco que vem do outro costuma ser maior que o pouquíssimo afeto que você direciona a você mesmo, fazendo com que uma migalha alheia se transforme em um banquete.
Quem tem uma boa afetividade por si mesmo, sabe do seu real valor e cultiva relações à altura dessa valorização.
Está ruim, mas está apegado ao lado bom? Está ruim mas não está como gostaria? Reveja, busque seus valores e prioridades e peça ajuda terapêutica especializada para percorrer este caminho. O incômodo é um recado de que algo precisa ser revisto e geralmente não é o comportamento do outro que necessita de revisão… Mas o seu próprio comportamento diante do que o outro apresenta pra você e da forma como você se ama. Lembre-se que relações afetivas saudáveis são aquelas que conservam a individualidade e permitem um fluxo equilibrado de afeto entre você e você mesmo e você e o outro.
É bem provável que você esteja sendo convidado a resgatar o romance mais importante da sua vida: aquele que você tem por você mesmo!
Tags: Autoamor, relações afetivas
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