OS DISCÍPULOS DE JESUS

OS DISCÍPULOS DE JESUS
"Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem." Jesus"

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL E NOVO ANO SEMPRE COM JESUS!


É O DESEJO DE TODA A COMUNIDADE DO CENTRO ESPÍRITA DISCÍPULOS DE JESUS DE PENÁPOLIS

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

NOVOS ARTIGOS (outros artigos ver: Postagens mais antigas)




Procusto

     Alguns sinais de intolerância:
     Acreditar que
·       todas as nossas crenças são verdadeiras;
·       podemos mudar as pessoas;
·       temos o controle de tudo e de todos;
·       reunimos condições para salvar o mundo;
·       é sempre aceitável a imposição de nossos pontos de vista;
·       o outro é perfeito e, como tal, não pode falhar.
     Esses itens não esgotam o padrão de comportamento da pessoa intolerante, mas evidenciam algumas de suas características.
     Claro é que nesse comportamento há mais conflito e ausência de autoconhecimento do que o desejo de prejudicar ou subjugar.
     É sinal de intolerância, expresso de variada forma, a incapacidade de conviver bem com as pessoas como se nos apresentam, com suas idiossincrasias. Inclui-se aqui também a dificuldade de aceitar determinadas situações que não podem ser modificadas, momentaneamente ou não.
     Tentando ajustar o que o outro é às próprias vontades e/ou necessidades, corrompemos-lhe a identidade, inviabilizando assim relações saudáveis e verdadeiras.  
     Oportunamente, lembramos a personagem mítica, Procusto.
     Procusto era um bandido que vivia na serra de Elêusis. Em sua casa, havia uma cama de ferro, que tinha seu exato tamanho. Convidava todos os viajantes a se deitarem nela. Se os hóspedes fossem demasiado altos, ele amputava o excesso de comprimento para ajustá-los à cama, e os que tinham pequena estatura eram esticados até atingirem o comprimento suficiente. Uma vítima nunca se ajustava exatamente ao tamanho da cama porque Procusto, secretamente, tinha duas camas de tamanhos diferentes.¹
     Assim, de forma análoga à da personagem mitológica, tentamos enquadrar as pessoas em nossas expectativas. Se a conversão não acontece sobrevêm a frustração, a raiva e por fim o distanciamento.
     Sinaliza-se, assim, que nossos processos afetivos padecem de falta de amadurecimento. Por isso existe tanto sofrimento e tanta luta inglória nos movimentos em busca da alegria nas relações, sejam elas entre namorados, cônjuges, pais e filhos, amigos, companheiros de trabalho etc.          
     Será que sofremos a síndrome de Procusto? Temos esticado ou cortado muita gente? A métrica tem sido nossa prioridade ou já  valorizamos e respeitamos as diferenças?
     Procusto deve ter sido tão solitário... E quantos de nós temos olhado ao redor sentindo a ausência de pessoas tão queridas, que afastamos de nosso convívio deliberadamente.
     Jesus sinalizou: Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem
     Ah, quão longe nos encontramos da fraternidade proposta pelo Cristo! Quanto receio de abrir mão de pontos de vista... Quantas guerras declaradas a pretexto de nos protegermos!
     Recorramos à orientação de Agostinho³ buscando o autoconhecimento e, assim, abandonaremos em definitivo as duas camas de ferro (o fardo pesado) que insistimos em carregar: a intolerância.
CE Discípulos de Jesus
Rita Mercês Minghin

¹ http://pt.wikipedia.org/wiki/Procusto
² João, 13:35
³ Questão 919 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec





CAUSAS DO DESGOSTO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Amigos leitores, dando sequência aos últimos artigos escritos pelos nossos companheiros nesta coluna, chamando-nos a atenção sobre as conseqüências e atitudes a tomar frente ao grande problema das doenças de fundo emocional e psíquico, que é considerado a doença da atualidade e, infelizmente, o seu crescimento na próxima década, vamos encontrar na questão 957 do O Livro dos Espíritos  importante definição sobre a origem do desgosto, onde o insigne Codificador e Mestre Allan Kardec, argúi os Espíritos Veneráveis sobre esta questão e obtém dos mesmos a seguinte resposta (em resumo): “A origem dos desgostos provém das seguintes situações: da saciedade, da falta de fé e da ociosidade.
Pois bem, caro leitor, quando se fala de saciedade, a maior comprovação se projeta nas estatísticas que demonstram que o maior índice de suicídios ocorre em países ricos. Muitas vezes, pessoas que possuem muito e podem adquirir o que desejam, focam simplesmente o aspecto material, perdendo, com isso, a motivação da busca, caminhando para o desânimo, rebaixando a sua autoestima e consequentemente vem o desequilíbrio e a perturbação mental.
Por outro lado, quando se trata da falta de fé, o indivíduo que estava em busca de algo que gostaria de ter, ou ser, e não se dá conta de que aquele algo na verdade não era do que necessitava, não alcançado o fim objetivado, principalmente com petitórios feitos à espiritualidade, aos santos, a Jesus ou a Deus, fica descrente de tudo e de todos, se colocando na posição de sofredor imerecido, atribuindo a sua frustração a Deus ou a sua pseudo crença. Na realidade essa pessoa estava exigindo algo em troca de favores se esquecendo de que as Leis Divinas não negociam com ninguém.
E finalmente a ociosidade, traduzida em mente e mãos vazias. Hoje todos afirmam que o melhor remédio é o trabalho. Fazer o trabalho profissional com amor, com vontade, não só para receber o seu salário ou seu ganho, que, diga-se de passagem é importante para as nossas necessidades, mas... o trabalho no bem é o melhor remédio para lidarmos com os nossos sentimentos. A ocupação mental, nos traz vibrações de amor, de carinho de gratidão, quando atendemos aquela pessoa carente de atenção, de uma palavra amiga, de um sorriso e mesmo de necessidades materiais. E veja, amigos leitores, quantas entidades de todos os seguimentos religiosos ou sem ser religiosas oferecem e necessitam de voluntários para as suas atividades. É uma ótima oportunidade de servirmos e com isso pelas Leis Divinas, de sermos também servidos. Vamos trabalhar para o próximo? Vamos refletir sobre isso? Muitas paz a todos.
Antonio Tadeu Minghin








SUICÍDIO

(...) Não havia então ali, como não haverá jamais, nem paz, nem consolo, nem esperança: tudo em seu âmbito marcado pela desgraça era miséria, assombro, desespero e horror. Dir-se-ia a caverna tétrica do Incompreensível, indescritível a rigor até mesmo por um Espírito que sofresse a penalidade de habitá-la.
O vale Aqui, era a dor que nada consola, a desgraça que nenhum favor ameniza, a tragédia que ideia alguma tranquilizadora vem orvalhar de esperança! Não há céu, não há luz, não há sol, não há perfume, não há tréguas!
O que há é o choro convulso e inconsolável dos condenados que nunca se harmonizam!

(capítulo primeiro, No Vale dos Suicidas)
 MEMÓRIAS DE UM SUICIDA
  (Obra Mediúnica)
  YVONNE A. PEREIRA

O Espírito Camilo Castelo Branco em  o livro “Memórias de Um Suicida” descreve em tintas fortes o que encontrou ao retornar à  Pátria Maior através do suicídio. Conta-nos este espírito que não existe sofrimento comparável ao daquele que busca fugir da vida aniquilando o corpo de carne.
A falta de conhecimento, quase ingenuidade, que caracteriza muitas criaturas as leva a acreditarem que matando-se matarão também a dor, a mágoa, o desespero. Ao acordarem, defrontam-se com tormentos inenarráveis, principalmente o sentimento de inutilidade do ato que não fez cessar as dificuldades, ao contrário, aumentou-as exponencialmente.
O depoimento das almas que partiram nos faz repensar sobre a necessidade de sermos fortes, termos  bom ânimo perante os desafios a que formos chamados a atravessar. É, de fato, necessário ter-se coragem para viver, não para morrer. É nos embates do dia a dia que se mede o caráter robusto, vigoroso dos homens. Viemos a este mundo para aprender a lutar o bom combate, mister se faz que não fujamos às provas, pois sabemos que nunca estamos desamparados. Quando menos se espera o socorro aparece, as situações se modificam, é preciso esperar trabalhando, orando, acreditando...
O Espiritismo Cristão não tenta convencer pelo medo, nos oferece a possibilidade da reflexão a respeito das nossas responsabilidades enquanto filhos de Deus. A estrada de ascensão aos planos superiores da vida é íngreme, exigindo daqueles mais despertos mais renúncia, mais decisão. Hoje, não precisamos enfrentar as feras famintas nos circos de horror; o nosso desafio consiste em vencer a baixa tolerância às frustrações, a buscarmos o reino de Deus em primeiro lugar, a vencer em cada um de nós a prepotência, o melindre, a inveja, a indiferença, etc.
Haverá sempre e para todos oportunidade de recomeçar mas, a que preço? Muito choro e ranger de dentes espera aqueles que tendo ocasião de evitar o erro a ele se arrojam, vencidos e desanimados.  A Lei, no entanto, nos alcança, guiando-nos pelos caminhos do recomeço nas muitas reencarnações, aonde recomeçaremos com as marcas do ato gravadas no corpo e na alma lembrando-nos sempre de que só ao Pai cabe a decisão de quando e como cessar a nossa experiência de vida aqui, na Terra.
Enquanto é tempo procuremos nos fortalecer na fé aprendendo a vencer dificuldades, olvidemos as sugestões internas e externas que possam nos induzir ao suicídio. Reservemos um momento, sintonizemos com Deus, pela oração sincera, peçamos ajuda ao anjo que nos tutela os passos, trabalhemos pelas criaturas em geral e a Vida Maior nos ditará diretrizes seguras, tão seguras que mesmo sentindo dor, nosso coração estará repleto de gozo e de esperança. Entoaremos hinos de louvor ao Pai como os primeiros mártires do Cristianismo Nascente, ébrios de felicidade por poderem dar testemunho de sua fé. Muita Paz!

Rira Mercês Minghin





O que é preciso para o homem ser feliz?
                                  
Anete Guimarães em mais um de seus belos seminários, que pudemos presenciar em Jales, SP, nos fez refletir sobre esse tema. A antropologia afirma que o dinheiro, a riqueza; a beleza e o poder é que nos dão felicidade.
No entanto pesquisadores, cientistas americanos, apontam que temos no cérebro as áreas de satisfação, insatisfação e do sofrimento. Realizaram pesquisas relativas ao funcionamento do cérebro, utilizando o scanner cerebral e através delas:
Empresários que ganharam muito dinheiro, ao passar pelo scanner não tiveram a área da satisfação ativada no seu cérebro.
Jovens que haviam acabado de ganhar concursos estaduais de beleza, ao passar pelo scanner também não tiveram a área da satisfação ativada, mas tiveram a área do sofrimento ativada. Mulheres bonitas sofrem de um medo terrível de deixar de ser belas.
Voluntários poderosos que haviam acabado de assumir cargos de chefia (senadores, diretores executivos) passando pela pesquisa não tiveram a área do prazer ativada ao contrário, ativaram a área do sofrimento, pelo excesso de stress que estavam sofrendo.
Concluíram os pesquisadores com bases neurológicas e científicas que o dinheiro, a beleza e o poder não garantem a felicidade. Intensificaram as pesquisas em voluntários e concluíram que a primeira fonte que nos traz felicidade é o aprendizado, as pessoas mais felizes eram aquelas que estavam aprendendo. A segunda fonte, a superação, com vitórias no esporte ou vencendo sérios problemas.
 E a terceira fonte, admiravelmente o sofrimento. Se o sofrimento causa felicidade, isso explica porque temos tanta dificuldade em mudarmos. Funciona no cérebro o circuito de culpa/recompensa. Culpa: mereço sofrer, recompensa: não aceitar a coisa boa, atrair coisas ruins.
 De forma saudável o aprendizado, a superação nos faz felizes, como explicam as maiores máximas do Evangelho “Amai-vos e instruí-vos”, “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. O autoconhecimento, a análise de nossos sentimentos, nossas emoções dar-nos-ão condições de cessar este circuito de culpa/recompensa.
Temos que romper com nossa rotina neurotizante, flexibilizarmos a ação de nosso cérebro, aprendendo a ser mais receptivos a mudanças.
“Pode o homem dominar suas más tendências?”. (Livro dos Espíritos). Respondem-nos os bons Espíritos que sim, mediante um esforço muito pequeno.
Convido a todos nós a empreendermos esse mínimo esforço, ao aprendizado, à superação, em prol de angariarmos a almejada felicidade.
                                               Maria José de Almeida







                             



                                PROGRESSO E FELICIDADE
   Francisco Cândido Xavier que, com seus dons sempre voltados para o Bem, nos presenteou com inúmeras obras mediúnicas, teve Emmanuel como seu mentor espiritual.
Num dos livros ditados por esse Espírito, encontramos um apelo ao Homem moderno no sentido de ultrapassar não apenas as barreiras do som e da gravitação conquistando o espaço e dominando intrincadas tecnologias, mas também ultrapassando outras barreiras como, por exemplo, a barreira do orgulho, da avareza, do egoísmo, dos preconceitos, da indiferença e da discórdia.
Para que o progresso existente nos mais diferentes setores do conhecimento humano leve as criaturas a serem mais felizes, não basta que progridam vertiginosamente apenas as ciências exatas, torna-se indispensável que se desenvolvam as ciências humanas a fim de que seja estabelecido um equilíbrio entre os conhecimentos, sentimentos e as ações.
Sabedoria e Moral, ou seja, Conhecimento e Bondade, eis o que proporcionará à Humanidade um viver melhor e menos sofrido, tanto quanto é possível dentro do nosso estágio evolutivo e do estágio evolutivo de nossa atual moradia: o Planeta Terra.
A doutrina espírita cristã nos convida ao conhecimento de nós mesmos, como já recomendava o filósofo grego, a fim de sanarmos as nossas falhas e aperfeiçoarmos as nossas boas tendências. Ela nos incentiva à prática do Bem tendo como modelo, JESUS.
Tentemos auxiliar outros também a serem felizes certos de que enquanto nos dedicamos a fazer algo de bom e útil para o nosso próximo, mesmo que seja algo que nos pareça insignificante Deus estará trabalhando a nosso favor.
E oremos com sinceridade, não só para pedir, mas também para louvar e para agradecer. Nos dias de maiores dificuldades, mesmo que as preces não possam mudar completamente a natureza das nossas provas, nos trarão com toda certeza, fortalecimento, coragem, resignação e intuições preciosas do Alto que nos permitirão atenuarmos o sofrimento e a dor.
  Trabalhemos e semeemos, enquanto temos a oportunidade para isso. Não podemos perder de vista nossos objetivos cristãos sem esquecer, no entanto, que eles jamais nos serão dados de presente, mas conquistados pelo nosso próprio esforço, dedicação e persistência, nos fazendo cada vez mais felizes.
                                                              Rosa Maria Hecht Pizzo
                                                       




FUNÇÃO DA CASA ESPÍRITA

    A Terra, que se viu coberta por densas sombras na Idade Média, que passou pelo Século das Luzes,  atravessa, agora, singular período. Muitos proclamam em discussões acirradas que nunca dantes vivemos calamidades sociais e naturais tão ásperas, outros atrevem-se, incautos, a dizer que Deus nunca esteve tão distante. Enganam-se uns e outros.
    Por toda parte encontramos criaturas procurando um sentido maior para suas vidas. Reconhecemos, no entanto, que essa procura por vezes se expressa de forma muito dolorosa, através de fugas espetaculares e de excessos de todos os matizes, que os conduzem, não raras vezes, ao encontro de maiores padecimentos por desconsiderarem a paternidade divina.
    E em meio a tanta dor surge por  remédio providencial a Casa Espírita, divino recanto de paz e refrigério, onde encarnados e desencarnados encontram o necessário refazimento das forças psíquicas.
    É bem verdade que muitos chegam à cata de um milagre, olvidando que a vida por si só já é um milagre. Querem não sentir dor, não padecer de nenhuma limitação, não defrontar obstáculos, e encontram a abençoada oportunidade de servir. Afligem-se com as doenças do corpo, descobrem o remédio para a alma. Insistem em  manterem-se na ignorância reproduzindo comportamentos inadequados do pretérito  e cultivando outros tantos no presente, deparam-se com criaturas desenfaixadas das vestes carnais que vêm de longe compartilhar de suas dores oferecendo exemplo vivo de necessidade de mudança.
    No labor a que se entregam, na aquisição do conhecimento libertador de consciências, as criaturas, todas elas, são promovidas a médicas de si mesmas. Desenvolvem capacidade enorme de vencer seus desafios, encontram a alegria do trabalhador da última hora.
    A Casa Espírita é isto: o lar, o hospital, a escola, a oficina de trabalho, tudo integrado no soerguimento dos filhos de Deus.
Muita Paz!
Rita Mercês Minghin



A DIVERSIDADE DO RELACIONAMENTO FAMILIAR NA ÓTICA ESPÍRITA
Um dos pilares do progresso moral e espiritual do ser humano é sem dúvida a instituição chamada família. Sem ela as estruturas psicossociais estariam em derrocada, as leis de sociedade e progresso comprometidas e a pessoa humana certamente perderia suas referências. Então surge uma questão: Por que tanta diversidade no relacionamento ou no comportamento familiar? Por que existem famílias com bom entendimento entre todos, com tolerância, diálogo, afeto e carinho? Por outro lado, existem outras que vivem num clima de guerra, brigas, gritos, desafetos e desrespeito. Outras ainda, não há brigas, mas também não há dialogo, o relacionamento é frio e indiferente. Por quê? Conquanto, sejam muito respeitáveis, sérios e de grande utilidade para a família, os estudos acadêmicos ou de pesquisas nesta área da pedagogia familiar, bem como, os estudos da psicologia humana. Ademais, coube à Doutrina Espírita transcender sobre esta questão e explicar com muita propriedade sobre a natureza do Espírito - este ser real, eterno e que não se desestrutura como o corpo biológico através da morte - permanece vivo e atuante!
Explica o Espiritismo que existem basicamente quatro situações reencarnatórias em família: Primeiro aspecto: Por afinidade: os propósitos são os mesmos, existem combinações de ideias e de ideais e respeito mútuo dos sentimentos, tendo como objetivo, juntos, auxiliarem outras pessoas ou famílias em suas necessidades, ampliando com isto, a relação de amizade e fraternidade entre si e entre todos; Segundo aspecto: Por Provas: Pessoas diferentes umas das outras, que tem como objetivo testar virtudes com a finalidade de exercitar os sentimentos, adquirindo experiências e aprendizados; Terceiro aspecto: Por reajustes ou reconciliação: Ligações pretéritas, desafetos, inimigos ou adversários, tendo como finalidade harmonizar os sentimentos, exercitar o perdão e o amor, destruindo os laços de ódios e rancores; e como Quarto aspecto: reencarne em família pela oportunidade de servir: reencarne em família estranha, com a finalidade de ajudar ou ser ajudado, a pedido ou convite, impulsionando a sua evolução e auxiliando na evolução do próximo.
Portanto amigos leitores, em quaisquer das situações, é de suma importância que tenhamos o máximo de paciência, tolerância e carinho no relacionamento familiar, pois assim poderemos exemplificar a conduta que tanto o mestre Jesus nos ensinou: “Fazer ao próximo o que queremos que nos façam”.
Vamos refletir sobre isso? Muita paz a todos!
Antonio Tadeu Minghin




O Inferno das Paixões

“O homem que não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera.”  Carl Gustav Jung, psicanalista


       Acostumados a ativar mecanismos de defesa física e psicológica perante a dor, olvidamos sua função divina.
      A esse respeito o eminente psicanalista, Jung, proclamou : “O homem que não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera”, sinalizando, assim, que todas as ocorrências devem convergir para a edificação do bem no homem.
     No entanto, instados por crenças castradoras, grande parte das criaturas se demoram entre o arrependimento e a culpa, olvidando oportunidades de aprendizagem e superação, conjunto esse indispensável na construção da felicidade, conforme estudos  de neurociência da atualidade.
      A título de exemplificação da fala de Jung, lembremos a parábola do filho pródigo, contada por Jesus: Um homem tinha dois filhos. O mais novo, um dia, pediu sua parte da herança e, partindo se entregou a todos os vícios, numa exacerbação dos sentidos mais grosseiros.
      Em pouco tempo, exaurido e arrependido, entra num processo de culpa, punindo-se, expressão muito bem definida por Jesus quando explicou-lhe o estado de espírito: “e foi viver com os porcos”.
     Sob o impulso da dor, lembrando-se do pai e como seus servos lá viviam, quebra o ciclo de culpa/recompensa, supera o orgulho e a vaidade e entende fazer o caminho de volta à casa paterna, agora sim, num mecanismo de autoamor.
     Esse retorno expressa o “atravessar das paixões”, do qual Jung nos fala.
     Mais experiente pôde, então, discernir e fazer a escolha mais adequada às suas necessidades. A partir daquele momento já não mais fazia sentido gozar à larga o sofrimento e a dor , mas utilizar-se desses instrumentos como estímulo bendito na conquista de si mesmo.
     A proposta deste artigo, obviamente, não é fazer apologia à dor, antes e ao contrário, é inspirar por meio das luzes da filosofia espírita o espírito espírita ou não, a  alcançar a liberdade de consciência, responsabilizando-se por suas escolhas e lembrando-se sempre de que o pai da parábola representa Deus e a sua incessante capacidade de ofertar-nos renovadas oportunidades de elevação.
     Muita paz!

                                                      Centro Espírita Discípulos de Jesus
                                                                 Rita Mercês Minghin 




              JESUS É O ANIVERSARIANTE?

Amigo leitor, é verdade que o mês de dezembro existe “algo diferente”, talvez um magnetismo positivo maior, talvez o que se chama “espírito do natal”. Mas, será que já paramos para pensar o que seria este “espírito”? Este clima emocional que toma conta de todos ou da maioria das pessoas? Será que a causa principal é o aniversário de Jesus? Considerado hoje como data oficial, dia 25 de dezembro foi na verdade designado para acompanhar os festejos da Roma antiga, mas alguns historiadores afirmam que a data correta do nascimento do Mestre Jesus seria por volta dos dias 02 a 04 de abril, além de que também o ano, como é calculado hoje, teria uma diferença de 4 a 6 anos aproximadamente antes da data fixada. Mas, será que não estamos comemorando muito mais o Papai Noel ( simbolizado na figura de São Nicolau), ou quiçá as festas, estas estimuladas pelo mercantilismo? Como entender a homenagem do nascimento de Jesus com abuso de bebida e de comida, principalmente à custa do sacrifício de nossos irmãos menores – os animais?  Não é ignorar os festejos que fazem parte dos costumes de um povo, mas sim, priorizar o entendimento e o valor da presença de Jesus em nosso meio, pelas atitudes e ações.
Acredito, caro leitor, realmente, que o motivo primordial para este “clima” seja a figura de Jesus, e que devido ao magnetismo do Mestre e do exemplo que nos transfere, nos torna mais caridosos, mais sentimentais, mais abertos ao diálogo, mais fraternos e mais amigos.
Mas ainda assim, fica a pergunta, por que não deixamos este magnetismo “nos envolver” o ano todo? Por que terminado o mês de dezembro “voltamos ao nosso dia a dia”, muitas vezes esquecendo este “clima de amor” que Jesus nos provoca? Não falo, amigo leitor, da caridade material, porque esta, de fato, é a mais fácil de se fazer. Falo da caridade espiritual, isto é, trabalharmos os nossos sentimentos, aplicando-os juntos às pessoas com que convivemos ou com que nos relacionamos ou até com a sociedade como um todo. Procuremos, no nosso foro íntimo, ativar e exercitar os sentimentos de paciência, tolerância, esperança, humildade e outros que fazem a evolução do Espírito. Entendo que mais do que comemorar o nascimento de Jesus, devemos praticar os exemplos deixado por Ele, e atente: não apenas no mês de dezembro, mas sim em todos os dias das nossas existências. Mais do que comemorar a natalidade do nosso Guia e Modelo e enfatizar a exata data de seu nascimento, é importante verificarmos se Jesus já nasceu dentro de nós.
O “nascer dentro de nós” não significa, hoje, dominarmos todos os campos dos sentimentos, mas o exercício constante para dominar as más tendências, que ainda permanecem no nosso campo psíquico e consequentemente espiritual.
Portanto, leitor amigo e irmão,  se temos a  certeza de que Jesus já “nasceu  em nós” - que bom! Que então exemplifiquemos nos momentos em que as provas surgirem em nosso caminho, entendendo e discernindo que a provação do momento é parte integrante de nosso aprendizado. Pois assim estaremos comemorando o nascimento e a presença de Jesus todos os dias de nossas existências.
Vamos refletir sobre isso? Muita paz, com um Natal repleto de aprendizado e luz!

Antonio Tadeu Minghin




Seja feita a Tua vontade!
   
    Quando nos comprometemos com Deus a fazer-LHE a vontade, notadamente nos momentos da oração, quase invariavelmente desprezamos o sentido real desse compromisso.
    Bastará a Vida  oferecer-nos oportunidades de reajuste ignorando a nossa vontade que, imediatamente nos sentiremos infelizes. Queixosos, questionaremos a divina sabedoria.
    Vezes sem conta, buscamos a satisfação dos desejos, das sensações do corpo, dos caprichos de todos os matizes e nesse afã olvidamos a mensagem que nos convida a fazer a vontade do Senhor, ainda que contrariados.
    O orgulho e o egoísmo, que se constituem a gênese de todas as nossas quedas morais, quando permitimos que se sobreponham à razão, dão-nos falsa ideia de nossas verdadeiras necessidades.
    No exame oportuno de nossos desacertos, assim nos situamos:
* ao recebermos uma ofensa, defendemo-nos usando o mesmo artifício;
* um pedido negado redunda certamente em revolta;
* uma dieta imposta, o desprezo pela ocasião de aprender alimentar-se com segurança;
* um amigo que deserta, a facilidade de esquecimento de suas virtudes;
* a doença que nos visite, cobrança imediata do remédio para efeitos;
* um negócio lucrativo que não se concretiza, espaço aberto para o desalento...
   Nos momentos tormentosos a orientação cristã sinaliza temperança, equilíbrio, uso da inteligência. É imperativo serenar nossas emoções, buscando refúgio seguro na prece, pavimentando uma ponte de luz entre nós, que representamos a necessidade, e o socorro divino, que nos aguarda a rogativa humilde.
    E, por fim, sempre que dissermos “seja feita a Tua vontade”, calemos nossas inquietações, aprendendo no exercício da renúncia  identificar a vontade Dele.      

Muita Paz!
Rita Mercês



 
A Arte da Contabilidade Divina

  Prezado leitor, o que você entende por “colocar o Evangelho em prática ?” Será que já meditamos sobre essa questão? Será que estamos falando muito, estudando bastante, prescrevendo ainda mais? Mas e a  prática? Se fizermos uma contabilidade de nossas ações, não digo um balanço de nossas atividades junto às nossas casas espíritas ou em qualquer outro agrupamento, não! Eu falo, meus queridos amigos, e é óbvio que aqui me incluo do bom direcionamento dos nossos sentimentos e das nossas emoções.
     E, nesse momento, quero recordar aos leitores o que diz Santo Agostinho, na questão 919, em O Livro dos Espíritos, que sem dúvida é uma das principais questões, que  trata da educação dos sentimentos. É uma verdadeira cartilha de como exercitar o nosso controle, no trato com as pessoas, com a sociedade e  com nós mesmos.
     Aliás, este relato, é a própria experiência desse Espírito de escol, um dos Espíritos da falange do Espírito da Verdade.
     Pois bem, ele fazia um balanço diário dos acontecimentos do dia e, assim, contabilizava o que fez de bom e naturalmente o que fez de errado e ainda o que havia deixado de fazer. Tudo isso visando ao próximo, mas antes de tudo a ele mesmo, seguindo assim a máxima do Cristo: “Amar o próximo, como a si mesmo.”
     Alguém pode objetar que agindo dessa forma, estaríamos sendo egoístas. Mas, amigo leitor, é Jesus quem garante: Se não nos amarmos, como iremos amar o nosso próximo? Quem poderá gostar de alguém, se em primeiro plano não se gosta?
     Continuando. Santo Agostinho também nos lembra, nesta mesma questão, o que disse Sócrates: “conhece-te a ti mesmo”. E, como parte desse exercício de sentimento, ainda recomenda que consideremos a opinião dos nossos adversários, porque não têm nenhuma intenção de esconder algo negativo que veem em nós, diferentemente dos amigos, que muitas vezes não nos apontam o erro com receio de nos ofender.
     Amigo leitor, o que você pensa sobre isso? É difícil praticar o exercício do autoconhecimento?  É temerário chegar a alguma conclusão que vai nos forçar a mudanças de paradigmas?
     Será que estamos trabalhando a nossa oficina de sentimentos de forma plena, segura? Estamos exercitando o nosso psiquismo de uma forma sincera para conosco? Digo isso, meus amigos, isentando-nos da culpa que destrói, de forma responsável, registrando aquilo que já podemos mudar ou transformar em aquisições positivas. Não sendo isso possível, será que estamos sabendo  domar as nossas más tendências, não permitindo acarretar com isso compromissos dolorosos ou dificultosos para o nosso amanhã?
     É necessário reconhecer que temos um repositório de ensinamentos, através da doutrina espírita, doutrina de amor, de esperança, e que  objetiva libertar consciências, ajudando-nos sobremaneira a alcançar a evolução, lenta e gradualmente é bem verdade, mas de forma eficaz e segura, conforme sigamos seus postulados.
     Portanto, amigo e irmão leitor, sobeja à teoria: além dos livros da codificação, milhares de obras de excelente teor, palestras, aulas, vídeos, seminários, filmes, dvds, cds, eventos, tais sejam: Humanizar, Entremédiuns.
     Mas e a chamada “prática diária?”
     Ah, sim! Querido leitor, essa depende somente de nós!
     Tempo, exercício e prática... Na contabilidade, é o capital individual, não é capital societário... esse sim é o nosso capital cuja aplicação vai nos dar como resultado, DÉFICIT OU SUPERÁVIT. Sabe por quê? Porque essa contabilidade é Divina!
     Está nas Leis Naturais: Causa e efeito.
     Quanto mais capital, mais é solicitada a sua parte na formação do patrimônio.
     Meus queridos, esta partida contábil não falha. Não tem caixa dois. Não tem o chamado “jeitinho” para acertar as contas. Não tem desvios financeiros. Não tem valores a fundo perdidos.
     Tem somente resultados que poderão ser: prejuízo ou lucro.
    Esta contabilidade é cristalina, não apresenta diferenças em suas contas. É justa. Deu lucro? Ótimo. É sinal que esta empresa (nós) está aplicando no mercado (dos sentimentos) muito bem.
     Deu prejuízo? Pena. Mas o Governo de nossas ações (DEUS) nos oferece a chance de refazer essas aplicações, é claro, como já aplicamos de forma indevida, certamente teremos  agora que refazer esse balanço com juros e atualizações monetárias (que são as dificuldades do caminho evolutivo).
     Sendo assim, não nos esqueçamos: a Empresa é nossa e, portanto, somos os responsáveis pelos seus investimentos e consecutivamente, pelos resultados.
     Vamos refletir sobre isso?

     Antonio Tadeu Minghin
     Centro Espírita Discípulos de Jesus
     Penápolis-SP