OS DISCÍPULOS DE JESUS

OS DISCÍPULOS DE JESUS
"Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem." Jesus"

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

NOSSA HOMENAGEM AO QUERIDO AMIGO FERRITE


HOMENAGEM AO QUERIDO FERRITE, O NOSSO POETA

Tributo a José Ferrite Bravo

OS QUE LUTAM
 Há aqueles que lutam um dia; e por isso são bons; Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons; Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda; Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis. Bertold Brecht

 Uma alegria melancólica permeia a despedida de um grande amigo. Existe a vontade de retê-lo, entretanto, mais forte é a certeza de que para ele o melhor está por vir... Ah, o amor! Que jogo de forças ocultas toma de assalto as criaturas impondo-lhes o uso da consciência? A quem ceder? Anos de convivência carinhosa, respeitosa, equilibrada e, de repente, o amigo sempre muito próximo se despede. Àquele que permanece, também esperando o seu momento, parece que o tempo é o grande inimigo. Em meio as certezas e os desejos irrealizáveis, faz-se mister buscar a coragem e o bom ânimo nos exemplos do companheiro de sempre. Cerradas as cortinas do teatro da vida, nosso querido Ferrite, curva-se à fatalidade que é o desencarne e retorna à pátria maior. Nosso olhar deita-se sobre o passado revivendo os nossos momentos, quantas lembranças... José Ferrite Bravo, participou desde muito jovem do movimento espírita de nossa cidade. Ali, na Mocidade, junto àquela que viria a ser sua mulher por mais de 50 anos e mãe de seus filhos, trabalhou ativamente junto às famílias carentes, sem se descuidar dos estudos espíritas. Levanta-se muito cedo, com o alvorecer do dia, sempre auxiliando sua esposa, nossa querida Lourdes, nas tarefas do lar. Colaborou ativamente na construção do Hospital Espírita João Marchese, cujo prédio hoje está desativado, ajudou também na construção do Centro Espírita Discípulos de Jesus. Por mais de trinta anos consecutivos dedicou-se a tarefa de dirigir o Trenzinho da Alegria, na arrecadação de fundos para o Centro Espírita. Com a idade e atendendo à solicitação dos familiares deixou de dirigi-lo, mas dedicava-se todos os domingos pela manhã a lavá-lo, para os trabalhos à noite. Sempre frequentando o Discípulos, às segundas-feiras, e o CE Allan Kardec, aos sábados, nosso querido amigo, era presença obrigatória nas comemorações quando então declamava poesias de Castro Alves (espírito), de José Cardoso Soares, de Ghiraldelli e outros... Podíamos ouvi-lo também no programa A Caminho da Luz, nos terceiros sábados de cada mês, e como um seu amigo costumava brincar, era emprestado também para participar nos outros sábados, sempre que convidado. Exemplo de alegria, de disposição para os trabalhos materiais e espirituais, nosso Ferrite, nunca parava. Lúcido e amigo, era companhia sempre requisitada por todos. Mas, enganam-se aqueles que pensam que o “poeta das multidões” emprestava sua voz apenas para a declamação de versos (longos versos por ele decorados), também cantava no Coral Canto de Luz. Muito poderia ser escrito, sua vida é rica de fatos, uns muito engraçados, outros graves, alguns tristes... Agora, no entanto, o que realmente importa é guardá-lo num lugar privilegiado da mente e reter sua luz para sempre, fortalecendo esse elo de amor. Rogamos a Jesus, o engenheiro sideral, que o situe num lugar especial e guardemos a certeza da alegria que levará aos irmãos que privarão de sua companhia. Àquele que soube ser imprescindível, amigos e familiares aplaudem de pé e a um só coro dizem: Bravo, Ferrite, bravíssimo!
 18 de fevereiro de 2013

Rita Mercês Minghin e Antonio Tadeu Minghin